Caos na saúde

IBGH atrasa salários e médicos vão paralisar atendimentos na UPA de Araguaína

Por Agnaldo Araujo
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06/03/2018 22h34 - Atualizado há 5 anos
Márcia Costa//AF Notícias  Os médicos que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do setor Araguaína Sul, em Araguaína (TO), anunciaram que vão paralisar as atividades devido ao atraso salarial de dois meses, além de uma série de outros problemas. A partir desta quarta-feira (7), os profissionais só vão atender casos de 'urgência e emergência'. O Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) é o responsável pela gestão da UPA e do Hospital Municipal de Araguaína. Segundo a denúncia encaminhada ao AF Notícias, os pagamentos dos médicos chegam a atrasar até três meses, desde que o IBGH assumiu no lugar da Pró-Saúde, em 2015. Os profissionais também reclamam da prática conhecida como 'pejotização', que é a contratação de serviços pessoais, exercidos por pessoas físicas, mas realizada por meio de pessoa jurídica (empresa), na tentativa de disfarçar eventuais relações de emprego que evidentemente seriam existentes, fomentando a ilegalidade e burlando direitos trabalhistas. A empresa responsável pelas contratações dos profissionais é a DIMOB Serviços Médicos Hospitalares, subcontratada pelo IBGH. Além de não terem os direitos trabalhistas garantidos, os médicos estariam sofrendo ameaças de demissão caso reclamem da situação. A denúncia aponta também falta de medicamentos na UPA. Várias reuniões já teriam sido solicitadas com o secretário municipal da Saúde de Araguaína, Jean Luís Coutinho, mas sem resposta. PREFEITURA A prefeitura de Araguaína informou, em nota, que não há atraso de repasses do Município ao IBGH. "O que ocorre é que o custeio mensal da UPA é de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite, entre União, Estado e Município, mas este segundo não vem cumprindo com suas obrigações desde maio de 2017", afirmou. Para suprir a falta de repasses do Estado, a prefeitura afirmou que vem retirando recursos próprios para manter a regularidade dos atendimentos na UPA e no Hospital Municipal, mas a situação está se tornando insustentável, uma vez que a dívida já totaliza mais de R$ 1,8 milhão. Em nota, o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar - IBGH disse que está aguardando o repasse de recursos federais e estaduais referentes aos atendimentos de média e alta complexidade para quitar o pagamento com os médicos da UPA e Hospital Municipal. O recurso é pago à Prefeitura e posteriormente repassado para o IBGH executar os pagamentos.

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