<span style="font-size:14px;">O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), Roberto Pires, abriu o Encontro Estadual da Indústria realizado nesta terça-feira (01), no auditório da OAB em Palmas, fazendo uma análise da crise econômica no país.<br />
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Pires destacou o esforço dos empresários diante das turbulências constantes e cada vez mais cruéis. “<em>No Brasil é muito difícil ser investidor, empreendedor, empregador. Quem investe aqui gosta mesmo de desafios. E talvez seja isso, no fim das contas, que somos todos nós, industriais. Pessoas que se lançam em busca da realização dos nossos projetos</em>”, declarou.<br />
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Voltado aos empresários da indústria, o evento abordou os desafios do setor industrial no Tocantins e no Brasil em tempos de ajuste. O Encontro permitiu aos participantes a melhor compreensão desse momento que o Brasil atravessa e qual a melhor forma de superar os obstáculos.<br />
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Nesse contexto, foi apresentada a Carta da Indústria do Tocantins 2015 com as considerações da FIETO por um país melhor. O documento menciona seis itens com diretrizes e valores rumo a moralidade e ao desenvolvimento econômico duradouro. Entre eles, a necessidade da construção de um modelo sócio econômico e o estabelecimento de programas alinhados com o novo cenário que virá pós-crise. A Carta é assinada pelos 11 sindicatos que filiados ao Sistema FIETO.<br />
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Após a divulgação do posicionamento da indústria, dois renomados analistas falaram das perspectivas econômicas. O primeiro deles, foi Arnaldo Jabor, cineasta e comentarista da TV Globo.<br />
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Ele falou dos principais fatores que travam o crescimento do Brasil e explicou que a corrupção é vista ao longo da história como uma espécie de pecado e, sendo assim, se tornou culturalmente tolerável, atrapalhando qualquer projeto. “<em>A corrupção é um dos vícios tradicionais do brasileiro”,</em> lamentou.<br />
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Logo em seguida, Gustavo Loyola, que já presidiu o Banco Central duas vezes e foi escolhido como “economista do ano” em 2014 pela ordem dos economistas do Brasil, iniciou a palestra com análise do cenário internacional nos Estados Unidos, Europa e Ásia.<br />
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No Brasil, Loyola entende que a gestão da presidente Dilma Rousseff propõe um “<em>governo fraco</em>” devido à falta de capital político e a crise de confiança, com índices muito baixos significa que o empresário não investe e o consumidor não consome.<br />
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Na avaliação do economista a retomada de crescimento depende da reconstrução do <em>“tripé macroeconômico</em>” com adoção de nova política fiscal, monetária e cambial. “<em>A recuperação só vira em 2016 e será moderada com crescimento de 2,6% na economia”</em>, concluiu Loyola ressaltando a importância das reformas e todas as esferas.<br />
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No final do evento, os palestrantes responderam perguntas dos participantes. “<em>Achei o Encontro da Indústria desse ano muito importante para entendermos melhor o que está acontecendo com o nosso país</em>”, elogiou o empresário Oswaldo Stival, conselheiro do Sistema FIETO e presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Tocantins (SINDICARNES).</span>