<span style="font-size:14px;">São 11 dias que o perfil tipicamente industrial do maior polo econômico de Santa Catarina se transforma num frenesi multicolorido pelos palcos em Joinville e quatro cidades da região, com apresentações de sete estilos de dança: neoclássico, clássico de repertório, contemporâneo, jazz, sapateado, danças populares e danças urbanas. É considerado pelo Guinness Book desde 2005 o maior festival de dança do planeta em número de participantes e diversidade de estilos.<br />
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<strong>Anualmente, são cerca de 6.500 participantes entre bailarinos, estudantes, professores, profissionais e artistas convidados</strong> que transformam o inverno catarinense nesta verdadeira maratona dançante. Além da arena principal com ingressos pagos (no Centreventos Cau Hansen), há dezenas de palcos abertos com apresentações gratuitas em praças, shoppings e hospitais. Uma oportunidade para as famílias dos participantes, turistas amantes da arte e comunidades da região vibrarem com essa invasão cultural em cada esquina. Ao todo, o público histórico <strong>de 230 mil pessoas (uma média de cada edição) tem à disposição 245 horas de espetáculos – das quais 200 gratuitas</strong>.<br />
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Nas noites especiais, o destaque fica por conta do espetáculo “O Quebra-Nozes” que a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, de Joinville (SC) apresenta na Noite de Abertura (22/7); e da Evolution Dance Theater, companhia de dança italiana que apresenta o espetáculo “Firefly” na Noite de Gala (27/7). Entre as novidades deste ano está a volta da Mostra Contemporânea de Dança, trazendo espetáculos de grande sucesso de duas importantes companhias brasileiras: Grupo de Dança Primeiro Ato, de Belo Horizonte (23/7), com “Insthabilidade”; e Companhia Urbana de Dança, do Rio de Janeiro (28/7), com “ID: Entidades”. E pelo segundo ano, a Estímulo Mostra de Dança apresenta no dia 24, “Ao que está dentro”, da Cia. Pavilhão D, de São Paulo; e “Poppins”, do joinvilense Maniacs Crew, no dia 26. Estes quatro espetáculos serão todos às 22h, no Teatro Juarez Machado.<br />
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Além dessas companhias convidadas citadas, a programação das oito noites de Mostra Competitiva, três tardes da Mostra Meia Ponta e os onze dias de programação dos Palcos Abertos, reúnem neste ano <strong>403 grupos de dança, sendo 399 brasileiros, vindos de 20 estados diferentes, mais Distrito Federal e de diversos países que apresentarão 1.138 diferentes coreografias</strong>.<br />
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O 33º Festival de Dança de Joinville é apresentado pelo Ministério da Cultura e Banco Itaú. Lei de Incentivo à Cultura. O patrocínio é do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura (Funcultural), por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte do Governo do Estado de Santa Catarina, Grupo RBS e Tractebel Energia. Tem apoio de O Boticário na Dança e a colaboração da Folha de São Paulo. A promoção é da Fundação Cultural de Joinville e Prefeitura de Joinville, com realização do Instituto Festival de Dança de Joinville e Ministério da Cultura.<br />
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<u><strong>Grupos participantes da Região Norte</strong></u><br />
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Dos sete estados da região Norte do país, estão confirmadas as participações de oito grupos – cinco do Amazonas, dois do Pará e um do Tocantins. No total, estes grupos apresentarão 26 coreografias.<br />
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Os cinco grupos amazonenses selecionados apresentarão 18 coreografias – duas para a Mostra Competitiva e as demais para os Palcos Abertos. Representam a capital, Manaus, a Backstage Studio de Dança, a Cia. de Dança Beta Style Dance, a La Salle Cia. de Dança, o Studio de Dança Patrícia Marques e a The Fusion Norte Company. <br />
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O Pará estará representado no Festival por duas companhias, a Cia. Yucatã de Paragominas e a Ribalta Companhia de Dança, de Ananindeua, que classificaram um total de quatro coreografias para os Palcos Abertos. Do Tocantins, apenas um grupo, o Balé Popular do Tocantins, de Palmas, classificou quatro coreografias – “Os Espantalhos” concorre na modalidade danças populares, categoria conjunto sênior, e as demais vão abrilhantar os Palcos Abertos.<br />
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Além de dançar, os participantes também vêm para compartilhar e buscar conhecimentos. Até o momento, a maior caravana da região Norte quando se trata de inscritos para participar de cursos e oficinas vem de Rondônia (48 cursistas). Do Amazonas, são dez cursistas; do Pará, oito; do Tocantins, sete; Roraima, seis; e do Amapá, um cursista inscrito até o momento.<br />
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<u><strong>Feira da Sapatilha</strong></u><br />
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<strong>A Feira da Sapatilha é a principal do setor no Brasil e abriga todos os anos quase uma centena de expositores que vendem variados produtos voltados ao mercado da dança</strong>, atraindo não só a atenção de bailarinos, estudantes e professores, mas também dos catarinenses e turistas de outros estados para aquisição de artigos especializados. Além de sapatilhas e calçados para a prática da dança, roupas de ensaio e figurinos, também são vendidos no local acessórios relacionados ao tema, como livros, CDs e DVDs, chocolates e opções em artesanato, oferecidas por artesãos de Joinville e região.<br />
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<strong><u>Destaques da programação</u></strong><br />
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Em comemoração aos <strong>15 anos de atividades da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil – que fica em Joinville e é a única filial fora da Rússia</strong> – será apresentado na <strong>abertura (dia 22)</strong>, no grande palco do Centreventos Cau Hansen, o <strong>memorável balé “O Quebra-Nozes”</strong>. É a primeira vez que a escola se apresentará como companhia convidada para abrir o festival. O mestre russo Vladimir Vasiliev assina esta versão coreográfica, cenário e produção, levando ao palco cerca de 80 bailarinos, professores e alunos da instituição.<br />
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A prestigiada <strong>Noite de Gala (dia 27) </strong>vai receber um dos principais expoentes da dança contemporânea na atualidade: <strong>Evolution Dance Theater, companhia de dança italiana</strong>, apresentando o espetáculo <strong>“Firefly</strong>”. Fundada em 2008, a proposta da companhia é ultrapassar os limites da dança, criando obras baseadas na fusão do balé contemporâneo com outras expressões artísticas, como teatro, atletismo, ilusionismo e vídeo-arte. Comandada pelo coreógrafo norte-americano Anthony Heinl, a troupe chama a atenção por onde passa pela sua ousadia criativa, oferecendo uma experiência sensorial marcante para a plateia. O espetáculo conta com elenco de dançarinos acrobatas, especializados em diferentes técnicas de dança, e traz efeitos cênicos nos quais eles parecem flutuar, saltar e desaparecer em meio a luzes, cores e escuridão.<br />
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Este ano, a <strong>Mostra Contemporânea de Dança</strong> traz para Joinville, no palco do Teatro Juarez Machado, espetáculos de grande sucesso de <strong>duas importantes companhias de dança brasileiras: Grupo de Dança Primeiro Ato, de Belo Horizonte, e Companhia Urbana de Dança, do Rio de Janeiro</strong>. A companhia mineira, dirigida por <strong>Suely Machado</strong>, apresenta o espetáculo <strong>“Insthabilidade</strong>” no dia <strong>23 de julho</strong>. A obra, criada em 2014, é inspirada na condição de estar vivo, nos movimentos naturais ao lidar com o estável e o instável presente em nossas atitudes no dia a dia, o que gera desequilíbrio, ação e vida. Este cair e levantar, essa resistência à ação da gravidade e à necessidade constante do ser humano em se verticalizar e transformar provoca um movimento que se repete em cadeia e remete à origem.<br />
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O segundo espetáculo da <strong>Mostra Contemporânea</strong> deste ano, no dia <strong>28 de julho</strong>, será <strong>“ID: Entidades”</strong>, da Companhia Urbana de Dança, dirigida por <strong>Sonia Destri Lie</strong>, que está celebrando seus dez anos de existência. Formado por jovens moradores de áreas populares na cidade do Rio de Janeiro, o grupo explora toda a vitalidade da afrodescendência e provoca um reconhecimento das raízes culturais brasileiras em diálogo com as tendências contemporâneas da dança urbana e do hip-hop. Este espetáculo traduz as possibilidades do movimento surgido nas ruas das metrópoles, marcado por trabalhos anteriores, como Ziriguidum e Suíte Funk, que rodaram a Europa. Aliás, foi na França, em 2010, que a “ID: Entidades” apresentou seus primeiros passos, tomando conta da plateia do Hangar 23, em Rouen. A trilha sonora foi indicada ao Bessies (renomado prêmio nova-iorquino de reconhecimento à inovação em dança) e o espetáculo considerado “Top 10” pela revista Time Out, além de deixar o público esfuziante no badalado festival francês Hoptimum, em 2013. <br />
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Já a <strong>Estímulo Mostra de Dança</strong> (novidade criada em 2014 com o objetivo de estimular a criação de um espetáculo completo numa oportunidade única em homenagem aos grupos que vêm se destacando no festival), traz ao Teatro Juarez Machado a estreia de duas obras criadas pelos grupos <strong>Pavilhão D, de São Paulo (SP), e Maniacs Crew, de Joinville (SC)</strong>. <strong>“ Ao que está dentro” </strong>é o espetáculo que o Pavilhão D vai estrear no dia <strong>24 de julho</strong>, com direção do coreógrafo <strong>Ricardo Scheir</strong>, que se apropria das técnicas neoclássica e contemporânea.<br />
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Por sua vez, o joinvilense <strong>Maniacs Crew (campeão do festival em várias edições no gênero danças urbanas)</strong> vai apresentar no dia <strong>26 de julho</strong>, o espetáculo <strong>“Poppins”</strong>, inspirado na história de Mary Poppins retratada no filme norte-americano de 1964, do gênero fantasia musical, com roteiro baseado no livro de mesmo nome de P. L. Travers. <br />
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<strong><u>Palcos Abertos</u></strong><br />
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As coreografias apresentadas nos palcos abertos passam também pelo processo de seleção do festival, garantindo ao público apresentações de qualidade, realizadas por grupos de todas as regiões do país. Fato importante a ser destacado é que nos últimos anos mais de 50% dos grupos que participam do Festival de Dança se apresentam apenas nos Palcos Abertos, sem participar da Mostra Competitiva ou mesmo da Mostra Meia Ponta, consolidando este espaço também como um importante painel da produção artística de escolas e grupos de dança de todo o país. A programação envolve apresentações nas cidades de São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul, Blumenau e Pomerode, além de praças, shoppings, feira da sapatilha e hospitais de Joinville.<br />
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<strong><u>Seminários de Dança</u></strong><br />
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Em sua nona edição consecutiva, o Seminário de Dança será realizado nos dias 29, 30 e 31 de julho, no Teatro Juarez Machado, e terá como tema <strong>“<strong>Graduações em Dança no Brasil:</strong> <strong>O que será,</strong> <strong>que será?”. Coordenado</strong> </strong>pela pesquisadora e professora Thereza Rocha, o evento conta com 500 vagas e este ano pretende discutir a formação superior em dança no país. Para tanto, elege alguns temas candentes, tomando como eixo mestre as diferentes propostas curriculares atualmente utilizadas nas instituições brasileiras.<br />
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<strong><u>Cursos e Oficinas</u></strong><br />
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A programação didática do festival deste ano traz algumas novidades e também cursos com professores já consagrados. No total estão sendo oferecidas 2.245 vagas, em 65 diferentes cursos, com opções para alunos iniciantes, de nível intermediário e avançado/profissional. Também existem opções para professores, coreógrafos, interessados na área de iluminação e de pesquisa em dança.<br />
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O quadro de professores é formado por 34 profissionais e traz nomes que já fazem parte da história do Festival, como Jair Moraes – balé clássico (PR), Suely Machado – contemporâneo (MG), Toshie Kobayashi – balé clássico (SP), Carlla Bublitz – balé clássico (RS), Kika Sampaio – sapateado (SP), Cristina Helena – balé clássico (BH), Vera Aragão – balé clássico (RJ), Denys Nevidomyy, ucraniano que é professor da Escola Bolshoi em Joinville, entre outros. Há ainda profissionais que vêm ao festival pela primeira vez para ministrar aulas, como Adriana Salomão – sapateado (RJ), Andrea Sposito – jazz (SP) e Hugo Alexandre – danças urbanas (RJ). Entre as novidades de cursos oferecidos este ano, os destaques são “Pas de Deux Contemporâneo”, com Alex Soares (SP), “Práticas Corporais Sonoras”, com Pedro Consorte (SP), “Composição Coreográfica para Danças Urbanas”, com Henrique Bianchini (SP), e “Ensaiador e Assistente de Coreografia”, com Lumena Macedo (SP).<br />
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<strong><u>Meia Ponta</u></strong><br />
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Com o objetivo de estimular novos talentos, a Mostra Meia Ponta é competição infantil que reúne bailarinos entre dez e 12 anos, em três tardes de apresentações especiais durante a programação do festival. Os solistas e grupos mirins que participam também passam pela seletiva do Festival de Dança e, durante as apresentações na mostra, são assistidos por um grupo de jurados, criteriosamente escolhido pela Curadoria Artística, considerando a difícil tarefa que é avaliar do ponto de vista técnico e artístico, o desempenho destes pequenos talentos.<br />
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<strong><u>Patrocinadores e apoiadores</u></strong><br />
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O 33º Festival de Dança de Joinville é apresentado pelo Ministério da Cultura e Banco Itaú. Lei de Incentivo à Cultura. O patrocínio é do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura (Funcultural), por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte do Governo do Estado de Santa Catarina, Grupo RBS e Tractebel Energia. Tem apoio de O Boticário na Dança e a colaboração da Folha de São Paulo. A promoção é da Fundação Cultural de Joinville e Prefeitura de Joinville, com realização do Instituto Festival de Dança de Joinville e Ministério da Cultura.</span><br />