O prefeito de Palmas e pré-candidato a governador do Tocantins, Carlos Amastha (PSB), foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e por cobrar, de forma indevida, o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) do proprietário de terras Egon Just, o maior devedor de imposto na capital.
O indiciamento é fruto da Operação Nosotros, deflagrada em novembro do ano passado para investigar fraudes em licitações para a construção do BRT de Palmas, no valor de R$ 260 milhões. O inquérito foi concluído.A Polícia Federal também indiciou outras oito pessoas. Entre elas, o procurador geral de Palmas, Públio Borges, o secretário municipal de Governo e Relações Institucionais (Subprefeito), Adir Gentil, e o secretário municipal de Finanças de Palmas, Cláudio Shuller.
O prefeito nega que tenha exagerado na cobrança do imposto, argumenta que a operação foi um erro e diz que a PF deveria pedir desculpas.
"Todo mundo sabe que essa operação foi o maior erro da história. Custava a polícia pedir desculpas? Isso a gente discutiu mais de uma vez com o delegado, se a prefeitura exagerou no mecanismo de cobrança, então a Justiça não teria dado a razão para a prefeitura. Porque todos esses casos foram judicializados e em todos a Justiça deu a razão para a prefeitura", afirmou durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
A Prefeitura de Palmas lamentou a conclusão do relatório da Polícia Federal e diz que a denúncia foi feita pelo maior devedor do IPTU da cidade.
Segundo a prefeitura, no relatório da polícia consta que a cobrança do IPTU foi feita sem embasamento legal e que existem ações de execução tramitando na Justiça cobrando o IPTU com base numa lei municipal.