Crise na Educação

Amastha se recusa a negociar com professores e categoria anuncia greve de fome na Capital do Tocantins

Por Redação AF
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20/09/2017 11h22 - Atualizado há 5 anos
Camylla Costa // AF Notícias Há 15 dias em greve e esperando uma resposta positiva às reivindicações, os professores de Palmas anunciaram que vão iniciar uma greve de fome. Cinco educadores já estão preparados para começar esta ação radical em nome de todos os profissionais a partir das 18 horas desta quarta-feira (20), em frente à Câmara Municipal de Palmas. Esta foi a resposta dos grevistas ao posicionamento do prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) anunciado em coletiva de imprensa, na manhã de ontem (19). "Ninguém vai negociar absolutamente nada", disse o gestor aos veículos de comunicação. Os grevistas se reuniram em Assembleia Geral na noite de ontem (19) e decidiram pela continuidade da greve, deflagrada no dia 5 de setembro. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet) alega que a categoria já solicitou uma audiência com o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, para discutir os pontos de pauta, mas não foi atendida. Amastha justifica que não há motivos para a greve. A Justiça declarou o movimento ilegal. Ciente dos prejuízos para pais e alunos, o gestor resolveu contratar substitutos para os professores, ao invés de negociar com a classe. Foi publicada ontem, no Diário Oficial do Município de Palmas, a nomeação de novos servidores. Amastha garantiu na coletiva de imprensa que 100% das escolas estarão funcionando nesta sexta-feira (22). NA CÂMARA DE PALMAS Os professores têm buscado auxílio dos vereadores na Câmara Municipal. A categoria está acampada com o objetivo de ser ouvida pelos representantes. No entanto, o Tribunal de Justiça determinou hoje que os professores desocupem a Casa de Leis. Conforme o Tribunal de Justiça, a categoria tem assegurado o direito constitucional do exercício de greve, mas observa que esse “direito não pode extrapolar os limites da razoabilidade, invadindo e impossibilitando o normal funcionamento da Casa Legislativa Municipal pelos professores e representantes do Sindicato”. Desta forma, uma decisão liminar concedida pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, Roniclay Alves de Morais, determina que os professores deixem de bloquear as entradas da Câmara, assim como fazer uso de barraca de camping, tocar instrumentos musicais e usar caixa e “alimentos estranhos ao exercício da atividade”. O TJ informou que caso a determinação não seja cumprida, os professores podem ser multados e removidos no prazo de 24 horas após a notificação. A PEDIDO DOS VEREADORES A decisão liminar é uma resposta ao pedido de reintegração de posse feito pelos vereadores de Palmas nesta terça-feira (19). Ontem, os parlamentares solicitaram à Justiça que os grevistas desocupem a Casa de Leis. Os professores estão na Câmara de Palmas desde o dia 13 de setembro.

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