Alberto Rocha//AF Notícias O prefeito de Palmas, o colombiano
Carlos Amastha (PSB), protagonizou mais uma façanha que deverá render comentários no meio político. O fato aconteceu neste sábado (23), no aeroporto de Araguaína, enquanto falava com a imprensa. Instantes antes da entrevista, Amastha voltou a fazer provocações à sua própria classe. Diante da informação, divulgada pelo
AF, de que não seria recebido por líderes de Araguaína caso xingasse os políticos, o colombiano esbravejou a expressão
'vagabundos!', em elevado tom de voz, deixando os assessores desconfortáveis. Já na entrevista, o gestor explicou que o principal motivo da sua visita a Araguaína seria para participar do leilão 'Direito de Viver', cuja renda será revertida à construção do Hospital do Câncer do Tocantins, em Palmas. Mas também deixou escapar que se tratava de uma andança com viés político, já que ele é um dos pretensos candidatos ao Governo do Estado.
"Visitando algumas lideranças e companheiros, estruturando e fortalecendo o nosso partido. Conversando com outros partidos que eventualmente possam ser aliados em 2018", disse Amastha. O colombiano ressaltou que Araguaína teria "papel fundamental" numa eventual candidatura sua ao Governo.
"Ninguém pode pensar em fazer um projeto nesse Estado que não passe por Araguaína", afirmou, destacando que a cidade tem uma "liderança inconteste" - o prefeito Ronaldo Dimas.
HONESTIDADE NA POLÍTICA Questionado sobre honestidade na política, principalmente considerando os recentes casos de corrupção que vieram à tona envolvendo nomes importantes da política nacional, Amastha foi enfático:
"Quem não é honesto deveria estar na cadeia. Infelizmente, vários dos nossos políticos deveriam estar na cadeia, mas tenho certeza de que um dia estarão lá", afirmou o prefeito. Em seguida, Amastha disse que se considera um político honesto, mas ficou visivelmente irritado ao ser questionado sobre a investigação da Polícia Federal que apura supostas fraudes na licitação do BRT de Palmas, orçado em R$ 260 milhões.
"Não me faça uma pergunta que você sabe que não é verdade. A Polícia Federal sabe que não existe", disse Amastha que, após bater na mesa, levantou-se, saiu da sala às pressas com assessores, dizendo que já estava atrasado para outro compromisso.