Nielcem Fernandes // AF Notícias O delegado adjunto da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Israel Andrade falou sobre o desfecho das investigações do assassinato de Patrícia Aline dos Santos, de 29 anos, que foi encontrada morta no último dia 9 de agosto em um matagal próximo a um shopping da capital. O ex-namorado de Patrícia, Iury Italu Mendanha, de 24 anos, foi preso nesta terça-feira (14) em Campos Lindos, norte do Estado, juntamente com um comparsa. CONFISSÃO Segundo o delegado, no momento da prisão, Iury confessou ter assassinado a namorada a tiros e declarou que agiu sozinho. "Ele confessou no momento da prisão que havia realmente matado a sua namorada, ou ex-namorada, segundo ele com três disparos de arma de fogo. Ele Falou que chamou Patrícia para conversar. Parece que ela falou pra ele que já estava com outro. Segundo ele, atirou nela e saiu correndo. Disse que foi no mesmo local onde o corpo foi encontrado, mas não acredito nessa versão. Foi o que ele disse no momento da prisão, mas ainda vou ouvi-lo formalmente", disse o delegado. COMPARSA A Polícia Civil não descarta a participação de Silas Barreira Borges, preso junto com Iury. Silas não confessou participação, mas aparece nas imagens de uma câmera de segurança na companhia de Iury e Patrícia, horas antes de o corpo da jovem ter sido encontrado. "O Silas ainda não falou sobre o assunto. apenas o Iury confessou, mas acredito sim que o Silas tenha participação, mesmo que seja uma participação de menos importância", argumentou o delegado. FUGA Para a polícia, após o crime os suspeitos teriam fugido de carro em direção ao extremo norte do Estado e passados por algumas cidades do Maranhão até serem presos em Campos Lindos. "Desde ontem eles estavam em Campos Lindos. Parece que eles passaram por Balsas (MA), foram mais ao norte do Tocantins e fugindo por cidades menores e tentando se esconder. Foram vistos em Balsas (MA), Estreito (MA) e também em Itaguatins no norte do Estado, até que foram reconhecidos em Campos Lindos", disse. TRANSFERÊNCIA Após a prisão, os suspeitos foram encaminhados para a Central de Flagrantes de Araguaína e depois para a Casa de Prisão Provisória da cidade. De acordo com o delegado, os suspeitos devem ser transferidos nesta quarta-feira (15) para a capital e serão ouvidos e autuados pelo crime de feminicídio. "Eles serão autuados pelo crime de feminicídio, que é o crime baseado em ódio de gênero e podem pegar de 12 a 30 anos de prisão", concluiu.