Cerca de 20 prefeitos, de várias regiões do Tocantins, não devem concorrer à reeleição nestas Eleições Municipais 2016. A informação foi divulgada pelo presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e prefeito de Brasilândia do Tocantins, João Emídio de Miranda. A crise financeira que assola as prefeituras, o rigor dos órgãos de fiscalização, o aumento de demandas por serviços públicos sem a devida compensação financeira, o risco de ficar com bens indisponíveis estão entre as motivações dos gestores para não disputarem o pleito eleitoral deste ano, elencou Emídio.
“Os prefeitos vivenciaram nestes últimos quatro anos o cenário de injustiça que vivem os municípios brasileiros, com recursos cada vez mais reduzidos quando comparado ao aumento exacerbado de obrigações impostas aos entes municipais pelo Congresso Nacional e Governo Federal” disse Emídio, ao destacar ainda o excesso de rigor dos órgãos de fiscalização, bem como a ingerência de promotores e órgãos de controle.
Pacto Federativo O prefeito de Palmeiras do Tocantins, Evandro Pereira de Sousa, é um dos que decidiu não disputar a reeleição. Ele alegou o "injusto" Pacto Federativo como motivação principal.
"O Governo do Estado vem atrasando os repasses de direito dos Municípios, como Fundeb e Transporte Escolar, criando uma situação insustentável e desmotivadora aos gestores que trabalham de modo planejado”, argumentou o prefeito do Município da região Norte do Estado.
Fim da reeleição Por sua vez, o prefeito de Miranorte, Frederico Henrique de Melo, prega que o Brasil se tornará um país melhor com o fim da reeleição. “
Se penso isso, já quero dar o exemplo e não concorrerei à reeleição. Além dessa convicção, penso ser extremamente complicado formalizar compromissos para 2017, diante de tantas incertezas que atravessa o Brasil”, revelou o prefeito do município da região Central do Estado. Melo ressaltou ainda que a grave crise que aflige os municípios brasileiros também é um dos motivos de sua decisão.
Falta de perspectiva Já o prefeito de Natividade, Albany Nunes Cerqueira, explicou sua desmotivação para não disputar novamente o comando do município da região Sudeste do Estado.
“Falta perspectiva de elevação das receitas municipais, enquanto se aumentam as pressões e cobranças sobre os gestores. Vislumbramos um horizonte nebuloso para as gestões municipais nos próximos anos”, projetou o prefeito. (Ascom ATM)