AF Notícias // Da Redação O atual governo do Tocantins começou, em janeiro de 2015, com um discurso de austeridade no controle dos gastos públicos, com cortes de despesas, suspensão do pagamento de diárias, mas na prática pouca coisa mudou. No Departamento Estadual de Trânsito (Detran-TO), por exemplo, o gasto com diárias quase chegou a R$ 1 milhão somente no ano passado, o ano do "arrocho" nas contas do governo. O órgão tem sido alvo de duras críticas devido a uma suposta "farra de diárias" com o deslocamento de examinadores que saem de Palmas com destino a várias cidades do interior, de norte a sul do Estado, com tudo custeado pelos cofres públicos, desde a hospedagem, alimentação e, claro, as diárias. Mas, em muitos casos, esse gasto extra poderia ser evitado, caso o Detran contratasse os examinadores que já moram nas cidades onde serão realizadas as bancas de provas da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Em Araguaína (TO), a segunda maior cidade do Estado, há cerca de 16 examinadores credenciados junto ao órgão, mas o Departamento Estadual de Trânsito traz uma equipe exclusiva da capital, a cerca de 400 km de distância, para realizar os testes da banca. Com essa prática, o Detran-TO gastou o total de R$ 950.910,94 no ano passado só em diárias. Na relação dos servidores contemplados com o ganho extra, percebe-se que a maioria dos nomes se repetem dezenas de vezes. Conforme o Portal da Transparência, muitos servidores receberam mais de R$ 13.500,00 em diárias durante o ano passado. Os valores pagos são variados. Constam diárias nos valores de R$ 1.080,00 chegando, em alguns casos, a R$ 3.072,00 para um único servidor Chama também a atenção o fato de que o nome de um único servidor aparece cerca de 40 vezes na lista dos recebimentos de diárias que variaram de R$ 56,25 a R$ 1.125,00 – chegando a receber várias vezes em um único mês - uma média de quase 4 viagens por mês. O Portal
AF Notícias já solicitou esclarecimentos do Detran-TO sobre a suposta “farra de diárias”, mas ainda não obteve um posicionamento. A gestão do órgão foi entregue aos militares pelo governador Marcelo Miranda (PMDB).