Márcia Costa//AF Notícias O Ribeirão do Coco, no município de Babaçulândia, norte do Estado, está sofrendo sérios impactos com a degradação do meio ambiente em suas margens. Segundo moradores da cidade, o córrego está secando e nas últimas três semanas foi possível notar a constante redução do nível da água. A causa da seca, conforme moradores, seria a ação de trabalhadores do Assentamento Tabuleiro, que foi instalado nas proximidades do Ribeirão, em 2010, após as famílias terem sido prejudicadas com a construção da Usina Hidrelétrica de Estreito. Ainda segundo os moradores, as árvores e matas ciliares estão sendo derrubadas pelas famílias para a plantação do capim que serve de pastagem ao gado. Os pastos ficam próximos ao ribeirão e a movimentação dos animais ocasiona erosões. Um vídeo registrado por moradores mostra um trecho do ribeirão seco e até lixo sendo queimado no leito do rio, onde deveria existir água.
"O Ribeirão do Coco está pedindo socorro. No ano passado houve o primeiro sinal. Cortou a água durante três dias, mas voltou devagarinho. E neste ano tem mais de duas semanas que a água foi cortada aqui e até agora nada”, disse um morador no vídeo. O homem ainda diz que no ano passado uma pessoa do assentamento chegou a ser multada, porém ela recorreu e a cobrança foi suspensa. "
É preciso que alguém tome providência. Pescávamos e pulávamos de ponta. Era lazer e hoje está nessas condições. Ano passado subimos até a nascente e detectamos que está tudo bem, mas de lá para cá muita coisa foi derrubada”, finalizou.
PREFEITURA DE BABAÇULÂNDIA Em nota, o secretário de Meio Ambiente e Turismo de Babaçulândia,
Arthur Ângelo da Silva, informou que a secretaria têm projetos para recuperação das nascentes e também das matas ciliares no percurso de vários córregos e rios, tais como: Ribeirão do Coco, Rio Raposa, Rio Jenipapo, Rio Ribeirão Seco, Córregos Cebola, Pedra Vermelha, Mato Verde, Almoço e outros. Os projetos são desenvolvidos com o apoio do prefeito Aleno Dias e com a parceria da VLI, CESTE e UFT. A nota afirma ainda que a secretaria vem realizado reuniões com as entidades envolvidas com o tema 'Educação Ambiental, Reflorestamento das Matas Ciliares e Nascentes' e também solicitado revisão das outorgas licenciadas pelo Naturatins. A secretaria também orienta os usuários sobre a falta de água que é assustadora na região, conforme a nota.
"Lembramos que vistorias feitas recentemente na nascente do Ribeirão do Coco verificou que ela está intacta, exceto no percurso onde existem propriedades rurais com o uso de pastagens", finalizou.
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