Crime passional

Ex-marido confessa que matou cabeleireira por ciúmes durante discussão; vítima foi asfixiada

Por Redação AF
Comentários (0)

10/10/2016 20h50 - Atualizado há 5 anos
Aldenir Alves Teixeira confessou que matou a ex-mulher Edilene Oliveira da Silva, de 30 anos, por ciúmes durante uma discussão no dia 14 de julho de 2016. Os restos mortais da cabeleireira foram encontrados nesta segunda-feira (10) enrolados em um colchão dentro de um buraco com aproximadamente 30 centímetros de profundidade, numa chácara próximo à região do córrego Jacubinha, em Araguaína (TO). O delegado Rérisson Macedo afirmou que a polícia desconfiava da versão apresentada pelo ex-marido desde o início da investigação.  O primeiro fato que chamou atenção é que o ex-marido só procurou a delegacia para registrar o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento no dia 2 de agosto, mais de 15 dias depois. Diante das contradições no depoimento de Aldenir, a justiça autorizou a quebra do seu sigilo telefônico, o que possibilitou com que a polícia desvendasse o crime. Conforme o delegado Rérisson, nas várias vezes em que foi ouvido, Aldenir sempre sustentou a versão de que Edilene havia indo embora de casa deixando para trás todos os seus pertences, todavia, por meio das investigações, a Polícia Civil conseguiu provas suficientes de que o indivíduo estava mentindo e tentando atrapalhar as investigações. “Conseguimos reunir provas suficientes da participação do indivíduo na morte de sua esposa e, desta maneira, confrontamos o mesmo com as evidências que tínhamos e ele não teve mais como sustentar a versão fantasiosa que havia criado para o desaparecimento de Edilene e acabou confessando que havia matado a esposa e enterrado seu corpo na zona rural de Araguaína”, pontuou. O suspeito relatou aos policiais que, no dia do crime, 14 de julho, teria tido uma discussão com Edilene e, em meio à briga, tentou acalmar a mulher aplicando-lhe um golpe conhecido como “mata leão”. Contudo, ao perceber que a cabeleireira não mais respirava, Aldenir colocou o corpo da esposa no porta-malas do veículo do casal e seguiu até as imediações de uma localidade de mata chamada de Jacubinha, onde fez uma cova rasa e enterrou o corpo da mulher. “Depois de confessar o crime, o homem levou as equipes da Polícia Civil até o local, onde havia enterrado o corpo, sendo que os restos mortais de Edilene foram recolhidos por peritos da Polícia Científica e transportados até o Instituto Médico Legal de Araguaína, para a realização dos exames necessários”, ressaltou. Segundo o delegado, o ex-marido premeditou o crime. Aldenir contou que viajou ao Maranhão para deixar os filhos com os pais de Edilene e retornou para Araguaína  com a alegação de que queria reconstruir o casamento. No entanto, ele planejava uma "ruptura com a morte da esposa". Tentativa de despistar a Polícia Para tentar despistar a investigação,  Aldenir inventou que Edilene havia deixado ele e fugido, levando apenas o dinheiro que guardava em casa, deixando outros bens para trás. Inclusive,  ele chegou a dizer à Polícia que a própria Edilene havia feito um inventário, especificando os bens que deixara para cada um dos dois filhos. "A moto deixa pra minha filha. A chácara deixa pro Wanderson’. Então são atitudes no mínimo suspeitas, pra quem ia embora fugindo com outra pessoa. Jamais poderíamos acreditar nisso", argumentou o delegado. Confissão O delegado acrescentou que depois que conseguiu desmentir as alegações apresentadas pelo suspeito "ele começou a chorar e disse que realmente tinha matado a esposa dele". Um sobrinho do acusado chegou a ter a prisão decretada por suspeita de participação no assassinato. Ele prestou falso depoimento à polícia, afirmando que esteve com o casal e negou qualquer discussão. Entretanto, depois da prisão, confessou que ajudou Aldenir  apenas para que o tio não fosse apontado como suspeito, porque acreditava em sua inocência. Segundo o delegado o sobrinho relatou: “oh, eu menti pra ajudar meu tio pensando que ele num tinha feito algo dessa proporção, dessa natureza”. Para delegado, o rapaz estava falando a verdade e será liberado. O crime Conforme o delegado Rérisson, Aldenir teria matado Edilene no dia 14 de julho de 2016, após uma discussão entre o casal, no entanto, o marido só registrou Boletim de Ocorrência no dia 2 de agosto, onde relatava que a mulher teria abandonado a família e os bens, e se mudado para Palmas, onde trabalharia em um salão de beleza da Capital. Ainda de acordo com o delegado José Rérisson, a polícia civil ainda investiga um saque de 14 mil reais, que teria sido efetuado na conta de Edilene, no dia de seu desaparecimento. A Polícia Civil também investiga o fato de que o homem teria premeditado o assassinato da mulher. As investigações que resultaram na prisão de Aldenir e na elucidação do crime foram realizadas pela Delegacia Fazendária, com apoio de policiais civis da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM) 4ª Delegacia de Polícia Civil, além de policiais civis da 1ª DRPC de Araguaína.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.