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Filha de policial assassinado e estudante se suicidam em menos de 24h no Tocantins

Por Agnaldo Araujo 851
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21/08/2018 18h40 - Atualizado há 5 anos
Márcia Costa//AF Notícias  O suicídio é a segunda principal causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos de idade no mundo. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida a cada ano, o que representa um óbito a cada 40 segundos. Esse tipo de morte causa grande impacto na vida de muitas pessoas, principalmente dos familiares, amigos e colegas de trabalho. Mas pode ser evitada muitas das vezes. Em menos de 24 horas no Tocantins, duas estudantes tiraram a própria vida. O caso mais recente envolveu a adolescente Letícia Macedo dos Santos, de 15 anos. Ela foi encontrada por familiares morta dentro do banheiro da residência no Setor Costa Esmeralda, em Araguaína, na madrugada dessa terça-feira (21). Letícia Macedo era filha do cabo da Polícia Militar, Dionedith Oliveira de Macedo, assassinado em abril de 2013. Segundo os amigos, ela sofria de depressão. A estudante Isadora Menezes também tirou sua própria vida na manhã dessa segunda-feira (20), em Palmas. Ela era acadêmica do curso de medicina veterinária na Faculdade Católica do Tocantins. Amigos ficaram chocados com a notícia. O suicídio é um ato por meio do qual uma pessoa decide, voluntariamente, tirar a própria vida. Os motivos são diversos: depressão, términos de relacionamentos, frustrações profissionais e pessoais. O Brasil é o oitavo país com mais suicídios no mundo. Os casos de morte por suicídio já são responsáveis por mais mortes que o HIV no país. Apesar das campanhas de conscientização, jovens continuam a tirar as suas vidas. Segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV), as pessoas que estiverem sofrendo de pensamentos ou sentimentos suicidas devem procurar imediatamente um profissional de saúde mental ou entrar em contato com o telefone de emergência do CVV, através do número 141. Segundo o psiquiatra Daniel Martins de Barros, é possível prevenir. Para isso, é importante conhecer os principais fatores ligados a esse comportamento. 1 – A presença de um transtorno mental – estima-se que 90% das pessoas que colocam fim à própria vida tenham algum transtorno mental, principalmente transtornos do humor (depressão e transtorno bipolar), transtornos psicóticos e dependências químicas. Ter alguma dessas doenças apenas não basta, normalmente há também: 2 – Acesso a meios letais – diante do desespero da situação, com a qual não se consegue lidar por conta de um transtorno mental, atos extremos acontecem. Se for fácil ter acesso a formas eficazes de morrer, a chance de o suicídio é maior. Trabalhar armado ou ter arma em casa, não ter rede de proteção nas janelas, lidar com venenos ou drogas, são todos fatores que tornam um ato que talvez fosse impulsivo numa atitude fatal. 3 – Aumentar o esclarecimento da população sobre os transtornos mentais e disponibilizar tratamentos eficazes – quanto mais as pessoas conhecem depressão, bipolaridade, esquizofrenia etc., maior a probabilidade de procurar atendimento se necessário. Claro que é fundamental que encontrem ajuda quando procurarem. 4 – Oferecer esperança – iniciativas como o CVV, aconselhamentos e mesmo a famosa experiência da ponte coreana mostram que mesmo pessoas em crise podem ser demovidas do plano de morrer se vislumbram alguma saída, coisa que tais iniciativas conseguem fazer.

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