Imoralidade

Gasto com auxílio-moradia no Tocantins chega a R$ 47,7 milhões e daria para construir 1.193 casas populares

Por Redação AF
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18/07/2017 19h28 - Atualizado há 5 anos
No Tocantins, os gastos com auxílio-moradia pago aos deputados estaduais, conselheiros titulares e substitutos do Tribunal de Contas, procuradores de Contas, procuradores e promotores de Justiça e juízes já custaram R$ 47,720 milhões. O levantamento foi realizado pelo Jornal do Tocantins e considera o período de 2015 até junho deste ano. O auxílio-moradia é pago em caráter indenizatório para os membros do Judiciário, da Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público Estadual (MPE). PARA QUEM GANHA MAIS E JÁ TEM CASA PRÓPRIA Um dos pontos que causa polêmica é que o benefício é restrito aos servidores públicos que recebem os maiores salários, geralmente mais de R$ 20 mil por mês. Outra imoralidade é que o auxílio-moradia é garantido até mesmo aos beneficiários que já possuem residência própria. Só não é pago se o servidor morar em residência oficial, custeada pelo Poder Público. ALGUNS ABREM MÃO Por entenderem a imoralidade do pagamento do auxílio, alguns não aceitam o benefício. Mas, poucos falam sobre o assunto para não se indispor com os colegas. No Ministério Público existem promotores que abriram mão do benefício, mas preferem não ser identificados. Na Assembleia Legislativa, a transparência permite verificar quem deixou de receber os recursos, são eles: Paulo Mourão (PT), Olyntho Neto (PSDT), Luana Ribeiro (PDT), Eli Borges (PROS) e Ricardo Ayres (PSB). MINISTÉRIO PÚBLICO TEM O MAIOR VALOR O maior auxílio-moradia pago no Tocantins é o do MPE, R$ 4.377,77 mensal para os promotores e procuradores de Justiça. Seguido do TCE, R$ 4.377,73, que são pagos aos conselheiros, conselheiros substitutos e procuradores do Ministério Público de Contas. Os deputados estaduais têm direito a um benefício mensal de R$ 3,8 mil. O menor valor pago é o dos magistrados, mas também a maior quantidade de beneficiados, R$ 2.481,89. Por ano e no montante total, o Judiciário registra os maiores valores pagos, foram: R$ 6,882 milhões em 2015, R$ 6,802 milhões em 2016, e R$ 3,344 milhões este ano, um total de R$ 17 milhões. Em segundo lugar, fica o MPE com um gasto médio anual de R$ 5,871 milhões, com um montante total de R$ 14,6 milhões Já o TCE registrou o terceiro maior gasto com auxílio-moradia, R$ 13,7 milhões. Em quarto lugar, está a Assembleia Legislativa com uma soma de 2015 a 2017 de R$ 2,242 milhões MAIS DE 1.190 CASAS POPULARES Se esse dinheiro fosse revertido em casas populares para famílias de baixa renda, daria para construir cerca de 1.190 casas populares considerando o custo de R$ 40 mil por unidade.

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