Opinião

A ausência dos deputados de Araguaína em reunião e o atraso de Marcelo para assinar convênio federal

Por Redação AF
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17/02/2016 09h12 - Atualizado há 5 anos
Arnaldo Filho //Opinião Duas incógnitas, principalmente, ficaram sem respostas durante a audiência do prefeito de Araguaína (TO) com o governador Marcelo Miranda (PMDB), realizada nesta terça-feira (16) para discutir as dívidas do Estado com o Município que já somam quase R$ 20 milhões, além de obras e convênios paralisados. A primeira delas, e mais latente, foi a ausência da bancada de deputados estaduais de Araguaína (TO). Dos quatro parlamentares, apenas Elenil da Penha esteve presente – e foi quem também marcou a reunião. Por outro lado, Olyntho Neto (PSDB), Jorge Frederico (SD) e a própria líder do Governo na Assembleia Legislativa, Valderez Castelo Branco (PP) (a ex-prefeita de Araguaína por 8 anos), não compareceram. Todos fazem oposição à gestão do prefeito Dimas. Valderez justificou que estava em reunião da saúde com diretores do Hospital Dom Orione, de Araguaína, e avisou sobre sua ausência. Na legislatura passada, a falta de representantes da cidade no Legislativo Estadual era uma das reclamações mais recorrentes da sociedade e até mesmo dos líderes políticos. Com apenas um deputado naquela época, Araguaína tinha pouca representação e os debates quase sempre esbarravam na falta de apoio político da cidade. Hoje, temos quatro deputados estaduais (17% dos parlamentares) e dois federais (César Halum e Lázaro Botelho – ambos da base governista), além de um governador, Marcelo Miranda, que afirma aos quatro cantos ter um “carinho muito grande por Araguaína”. Mas o que isso muda na prática? Poderia mudar muitas coisas, mas essa reunião, especificamente, mostrou que a política-partidária e talvez o egoísmo podem superar os interesses de 170 mil habitantes. A dívida do Estado com Araguaína vem se agravando mensalmente e já soma quase R$ 20 milhões, dos quais R$ 6 milhões só na área da saúde. Não seria este um justo motivo para a união das forças? A outra incógnita reside na demora, injustificada, do governador Marcelo Miranda em assinar um convênio com recursos do Governo Federal, através do FGTS, cuja contribuição do Estado se resume a apenas 5% do valor da obra, cerca de R$ 2 milhões – valor irrisório para o Governo do Estado. Os setores beneficiados com as obras representam quase metade da população de Araguaína. O Governo esquece também que “punir” a gestão municipal com atrasos recorrentes de repasses obrigatórios, como o da saúde, representa punir severamente toda a população da região norte do Estado. Diante de realidades tão agonizantes, precisamos nos despir de vaidades e pensar mais na coletividade, e bem menos na política-partidária.

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