O juiz aposentado do Tocantins, Erivelton Cabral Silva foi preso preventivamente nesta segunda-feira (18), na cidade de Imperatriz, após tentar matar o próprio irmão e a namorada. O mandado de prisão preventiva foi cumprido enquanto ele prestava depoimento na Delegacia de Homicídios. A prisão foi decretada pela juíza Ana Lucrécia, Titular da Primeira Vara Criminal. No domingo (17), no estacionamento do Yate Clube de Imperatriz, Erivelton efetuou vários disparos contra o irmão, o médico Elton Cabral, e a sua namorada, Késia Carmo, que foi atingida na perna, mas passa bem. O motivo da tentativa de homicídio seria uma briga que os irmãos travam por uma herança de família. O delegado Eduardo Galvão informou que Erivelton, em seu depoimento, disse que não pretendia matar o irmão, mas apenas feri-lo na perna para, em seguida, dizer "umas coisas ao mesmo". Ainda conforme o delegado, o porte de arma do juiz está suspenso por determinação da justiça. Erivelton foi recolhido em uma cela especial da Unidade de Ressocialização de Imperatriz. Erivelton trabalhou durante vários anos na região do Bico do Papagaio, nas cidades de Augustinópolis e Tocantinópolis. PORTE ILEGAL DE ARMAS Em fevereiro deste ano, o juiz já tinha sido detido com uma pistola 380 e três carregadores com 13 cartuchos intactos, além de um revólver calibre 38. Na ocasião, ele disse que estava em Balsas (MA) para acertar um desentendimento pessoal com um irmão. Na época, Erivelton foi liberado.
AMEAÇA A DEFENSOR PÚBLICO
Em 2013, Erivelton Cabral foi acusado de ameaças ao defensor público Rubismark Saraiva Martins, de Araguaína, durante um julgamento na Comarca de Tocantinópolis. No ano seguinte, 2014, o juiz aposentado se envolveu em uma confusão com um servidor do Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, por causa de uma briga no trânsito, e ameaçou o funcionário com uma arma.