Tocantins

Justiça decreta prisão de ex-presidente do Sindposto por mandar matar empresário

Por Agnaldo Araujo
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10/04/2017 16h28 - Atualizado há 5 anos
A Justiça do Tocantins acatou pedido do Ministério Público Estadual (MPE) e decretou, nesta segunda-feira (10/04), a prisão preventiva do empresário Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, ex-presidente do Sindicato de Revendedores de Combustíveis do Estado (Sindposto). Eduardo é acusado de ser o mandante do assassinato do também empresário Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes, de 77 anos, conhecido como “Wencim”, em Porto Nacional. O pedido de prisão foi acatado pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, Alessando Hofman Mendes. No pedido de prisão, o MPE aponta que Eduardo Pereira estaria tentando criar obstáculos no processo de esclarecimento dos fatos, ao efetuar tentativas de intimidação e de aliciamento a uma testemunha ocular do crime de assassinato. Nesse sentido, duas pessoas que se apresentaram como mensageiras do suposto mandante do crime procuraram a testemunha, a fim de convencê-la a mudar o depoimento prestado anteriormente à Polícia Civil, inclusive questionando se ela aceitaria dinheiro para alterar sua versão dos fatos. A abordagem dos emissários do empresário à testemunha foi gravada em áudio e apresentada pelo Ministério Público à Justiça, como prova. Um desses mensageiros é Sandro Alex Cardoso de Oliveira, que foi arrolado por Eduardo Pereira no processo por crime de homicídio, na condição de testemunha de defesa. A outra mensageira é a esposa de Sandro Alex Cardoso, conhecida como Selene. Também para dificultar a elucidação dos fatos, o suposto mandante ainda estaria agindo para tentar passar a autoria do crime de homicídio a outra pessoa. Ao decretar a prisão, o magistrado avaliou que o Ministério Público conseguiu demostrar as tentativas de embaraço à produção de provas, apresentando indícios suficientes da ligação de Eduardo Pereira com essas práticas. O pedido de prisão foi apresentado pelos promotores de justiça Abel Andrade Leal Júnior, Vinícius de Oliveira e Silva e André Ricardo Fonseca Carvalho. O crime O crime ocorreu na cidade de Porto Nacional, em janeiro de 2016 e teria sido motivado por interesses financeiros, já que Wenceslau Gomes estava instalando um posto de combustíveis em Palmas, onde praticaria preços inferiores aos de seus concorrentes, entre os quais está Eduardo Pereira, acusado de ser o mandante do crime. A acusação aponta que Alan Sales Borges e José Marcos de Lima tiveram a promessa de pagamento de R$ 350 mil para matarem Wenseslau. Outro lado Em nota, a defesa de Eduardo Pereira disse que desconhece o teor da decisão, uma vez que não há qualquer notícia sobre ela no processo eletrônico correspondente. "Não havia medida judicial alguma que restringisse o direito de o acusado se afastar da cidade onde reside", disse. Esclareceu também que Eduardo Pereira não irá obstar a aplicação da lei, e cumprirá a determinação judicial. A defesa ainda acrescentou que pretende adotar as providências cabíveis na busca de reverter o decreto de prisão. "A defesa desconhece a informação de que Eduardo Pereira tenha intimidado testemunhas ou praticado qualquer outro ato que justifique a medida extrema da prisão provisória, e sobre isso só poderá manifestar-se mais especificamente após conhecer os termos da decisão", finalizou.

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