Por 6 votos a 0, o Conselho de Ética do PMDB nacional aprovou a expulsão da senadora
Kátia Abreu na manhã desta quinta-feira (23). A parlamentar já havia sido afastada da legenda por 60 dias e aguardava o resultado final do processo.
A expulsão de Kátia Abreu do PMDB vem sendo cogitada desde setembro do ano passado, depois que ela votou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Kátia foi ministra da Agricultura no governo Dilma e tem feito duras críticas ao governo do presidente Michel Temer, também filiado ao PMDB.
Kátia Abreu tem se posicionado contra medidas do presidente Michel Temer, como a reforma trabalhista e a reforma da Previdência, consideradas prioritárias pelo governo federal.
A previsão é que a decisão do Conselho de Ética passará pela aprovação da executiva nacional do partido para que então seja comunicada oficialmente ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Tribunal Regional Eleitoral. No entanto, o senador Romero Jucá, presidente nacional do partido, disse que acatará de imediato a decisão do Conselho de Ética. Ele disse que a medida "demonstra nova fase de posicionamento do partido".
Kátia ainda tentou impedir que o partido a expulsasse. A senadora chegou a ingressar com uma ação para que a Justiça do Distrito Federal suspendesse o procedimento. Porém, o pedido liminar foi rejeitado pela desembargadora
Leila Arlanch e pela 25º Vara Cível de Brasília. O
AF Notícias entrou em contato com a senadora
Kátia Abreu para ouvir sua versão dos fatos e saber quais são seus próximos passos diante da decisão do partido, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. A parlamentar já negou irregularidades e chegou a afirmar que o PMDB não propôs nenhum tipo de punição a filiados condenados por crimes graves, como corrupção e formação de quadrilha.