Nielcem Fernandes // AF Notícias O candidato ao Governo do Tocantins, Márlon Reis (Rede) fez questão de comparecer pessoalmente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na tarde dessa quarta-feira (15), para protocolar o pedido de registro de candidatura às eleições de 7 de outubro. Ao lado dos candidatos a senador, Paulo Mourão (PT) e Irajá Abreu (PSD), e do candidato a vice-governador, José Geraldo (PTB), Márlon falou com exclusividade ao AF Notícias sobre suas perspectivas para a disputa e comentou o resultado da primeira rodada de pesquisa eleitoral encomendada pela FIETO. EXPECTATIVA O ex-juiz e idealizador da Lei da Ficha Limpa disse que as expectativas são as melhores possíveis e agora terá condições de apresentar suas propostas ao eleitor, referindo-se ao tempo maior de rádio e TV conquistado através de alianças partidárias. "Nossa expectativa é a melhor possível. Agora poderemos apresentar em profundidade nossos projetos para o Tocantins e o programa de governo extremamente denso. Vamos mostrar nossa diferença em relação aos outros candidatos. Acima desse debate sobre quem é mais capaz de executar, nós estamos tratando de apontar rumos reais para o Tocantins e isso reclama outro tipo de postura política, postura de homens e mulheres de estado", disse. COLIGAÇÃO "Estamos muito felizes com a coligação que fizemos. Ela é extremamente complexa. Tão complexa quanto a realidade tocantinense. Temos aqui posições tão distintas como o PT e o PRTB, que apoia Bolsonaro, e ambos estão aqui na mesma chapa. Essa coligação reúne ruralistas e ambientalistas", disse Márlon Reis. O candidato também rebateu as críticas resultantes das alianças firmadas, até então inimagináveis para o idealizador da Ficha Limpa. "As críticas vieram quase todas dos adversários tentando encontrar contradições no nosso discurso. Só que essas contradições não existem. De fato, o Márlon Reis que chega para concorrer nessas eleições de outubro é o mesmo das eleições de junho. Só que agora venho com força político-eleitoral para vencer a eleição", declarou. ALIANÇAS Ainda sobre as alianças, o Márlon Reis justificou que sem elas é impossível vencer uma eleição ao Governo do Estado e mencionou os dois únicos grupos que jamais coligaria, os Siqueiras e Mirandas. "Eu sempre disse que não formaria aliança como os que foram responsáveis pelo estado de coisas que o Tocantins vive, que são as duas famílias que sempre governaram o Estado. Nunca disse que não me aliaria com outros grupos. Essa aliança nos propiciou o maior tempo de TV e o maior número de candidatos na disputa. Nós temos 130 candidatos nas eleições proporcionais para espalhar nosso nome por todo o Estado", disse. PESQUISA Sobre a pesquisa divulgada pela FIETO/Vetor, na ultima segunda-feira (13), o candidato desconsiderou os números apresentados. "Nós não vimos uma só pesquisa esse ano no Tocantins que tenha sequer parecido com a realidade. Todas as pesquisas me apontavam entre três e quando muito, cinco por cento na eleição passada. Não estamos considerando pesquisas. Eu tive muito mais que o dobro de votos que o mais otimista dos institutos de pesquisa havia me atribuído. Então não estamos minimamente preocupados com pesquisas", concluiu. A coligação composta por REDE, PT, PTB, PSD, PDT, PRTB, PCdoB e PV garantiu a Márlon Reis mais de três minutos de propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV.