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Mercado industrial cresce no Tocantins, mas ainda falta mão de obra qualificada

Por Agnaldo Araujo
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06/10/2017 15h52 - Atualizado há 5 anos
O déficit de profissionais qualificados para vagas de ensino técnico nas indústrias brasileiras pode ser superior a 13 milhões, até o ano de 2020. Somente na região norte do país, mais de 80 mil novos profissionais de nível técnico são necessários para atender demandas da indústria, nos próximos quatro anos. Os dados são do Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020, produzido pelo Senai. No Estado do Tocantins, por exemplo, a atividade industrial é responsável por mais de 30 mil empregos diretos. Os setores da construção civil e mobiliária são responsáveis por 47% da atividade industrial. A indústria de alimentos é responsável por 14% da produção tocantinense. No ultimo semestre, a indústria alimentícia do Tocantins cresceu quase 30%. A indústria de móveis, 4% e o setor metalúrgico cresceu 2%. Segundo o deputado Federal, Irajá Abreu (PSD), para que o crescimento industrial não seja prejudicado pela falta de mão de obra qualificada é importante que haja mais acesso dos estudantes a cursos técnicos. “O governo precisa estimular os estudantes do ensino médio para que eles possam, de forma paralela a sua obrigação, ter acesso aos cursos integrados ao ensino médio. Nos horários vagos, eles devem ter uma profissão durante um ou dois anos, que é o período que compreende o ensino técnico”, avalia o deputado. Irajá Abreu lembra, que empresas recém-chegadas no Estado do Tocantins, já apresentam dificuldades para ter acesso a profissionais capacitados. “Várias empresas multinacionais estão se instalando no Estado e a gente percebe que elas têm uma dificuldade enorme em preencher essas vagas com mão de obra qualificada local. Nós precisamos de ações de curto prazo para estimular o preenchimento dessas vagas. Não adianta as oportunidades surgirem se a gente não ter mão de obra qualificada para ocupar esses postos de trabalho”, disse. Apolyane Faria, de 26 anos, é formada pelo Instituto Federal do Tocantins no curso técnico integrado ao ensino médio em eventos e atua na área desde a conclusão do curso, em 2010. Recentemente, Apolyane e quatro ex-colegas de estudos abriram uma empresa em parceria. “Eu recomendo o Instituto Federal para todos os jovens que, assim como eu, desejam sair da sala de aula direto para o mercado de trabalho. Na minha cidade, enxergamos como uma saída milagrosa para a falta de trabalho. Todos querem sair da escola municipal direto para o Instituto, que tem fama pela qualidade do ensino. Lá, aprendi muito enquanto estudante e também como profissional. Hoje, com a crise, me juntei a cinco colegas dos tempos de sala de aula e juntas cuidamos da empresa de eventos, especializada principalmente em casamentos. Não falta trabalho”, afirmou. O Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020 do Senai aponta que o país vai precisar qualificar cerca de 13 milhões de técnicos profissionais para atenderem as necessidades das indústrias em todos os Estados. As áreas com maior demanda são a de construção, meio ambiente e produção e metalmecânica.

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