Sem foro

Ministro do STF manda inquérito contra Halum e Gaguim à 1ª instância no Tocantins

Por Redação AF
Comentários (0)

08/05/2018 16h34 - Atualizado há 5 anos
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou à primeira instância da justiça no Tocantins um inquérito que tramitava na Suprema Corte em Brasília contra os deputados federais César Halum (PRB) e Carlos Gaguim (DEM). Ele assinou a decisão nesta terça-feira (8). Halum e Gaguim são suspeitos de falsidade ideológica, peculato, corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro por supostos atos praticados entre 2008 e 2010, quando exerciam os cargos de deputado estadual e governador de Tocantins, respectivamente. O caso passará a tramitar na primeira instância da Justiça em Palmas. A medida adotada por Moraes ocorre após o STF decidir, por unanimidade, na última quinta-feira (3), restringir o foro especial para deputados federais e senadores. Agora, a corte vai processar e julgar apenas casos em que os crimes tenham sido cometidos em razão do cargo e durante o mandato. O OUTRO LADO - CÉSAR HALUM Em nota, a assessoria do deputado César Halum afirmou que o inquérito tramita há 8 (oito) anos no Supremo Tribunal Federal e os fatos apurados comprovam que não há qualquer relação com o parlamentar. A nota diz ainda que o deputado tem convicção de que agora, no primeiro grau da Justiça Estadual da Comarca de Palmas-TO, o caso terá a celeridade que a sociedade e ele mesmo esperam. "Ele tem convicção de que será reconhecida a motivação caluniosa que tentaram imputar com o objetivo de denegrir sua honra ao longo destes anos", finaliza a nota. OUTROS INQUÉRITO NO STF Outros parlamentares do Tocantins são também investigados no STF. São eles: Irajá Abreu (PSD): Responde ao Inquérito 4495, que apura a declaração de um dos delatores da Odebrecht na Lava Jato de que a empreiteira repassou R$ 100 mil para sua campanha em 2014. Essa doação, segundo o delator, era legal. Mas o Ministério Público pediu a abertura de investigação após não identificar o registro da contribuição no sistema do TSE. Irajá alega que todas as suas campanhas foram feitas dentro da lei e suas contas, aprovadas pela Justiça eleitoral. Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM): Responde ao inquérito 3789 e às ações penais 962, 946 e 915, por crimes contra a Lei de Licitações e a administração em geral e peculato. Em agosto de 2016, a deputada foi condenada pelo STF a cinco anos e quatro meses de prisão por dispensar irregularmente licitação e superfaturar preços na compra de livros didáticos quando comandava a Secretaria de Educação do Tocantins, entre 2002 e 2004. Kátia Abreu (PDT) Inquérito 4419. Delatores da Odebrecht afirmam que a ex-ministra da Agricultura recebeu da empreiteira, na forma de caixa dois, R$ 500 mil para sua campanha eleitoral em 2014. O repasse do dinheiro, segundo as delações, foi intermediado pelo engenheiro agrônomo Moisés Pinto Gomes, marido da senadora, também investigado. Senador Vicentinho Alves (PR)  - o inquérito que tramitava contra o senador por crime da Lei de Licitações foi arquivado no STF a pedido da própria Procuradoria Geral da República, por não existirem elementos mínimos que indicassem qualquer ilegalidade praticada pelo senador.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.