'Dores são insurportáveis'

Moradora de Araguaína espera há mais de três anos por cirurgia pelo SUS para retirada de cisto no ovário

Por Agnaldo Araujo
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17/02/2017 08h45 - Atualizado há 5 anos
Márcia Costa//AF Notícias A dona de casa Erinalva Rosa Pereira, de 46 anos, moradora de Araguaína (TO), espera há mais de três anos para realizar uma cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O cisto no ovário foi descoberto ainda no ano de 2014, após sentir fortes dores abdominais e passar por um ultrassom que detectou o problema. Erinalva disse que quando sentiu as dores correu para a Unidade de Pronto Atendimento e passou por vários exames. Logo em seguida, o médico afirmou que a cirurgia deveria ser feita no Hospital Regional de Araguaína, pois o cisto corria o risco de aumentar e se romper, o que poderia causar a morte da paciente. Segundo ela, a cirurgia deveria ter sido feita ainda em 2014, mas os médicos estavam em greve e o procedimento não podia ser realizado na época, então, era preciso a Secretaria Estadual da Saúde liberar o procedimento. De lá pra cá, ela ainda não foi chamada e continua aguardando. A dona de casa anda com dificuldade e chega a tomar injeção para aguentar as dores. “Tomo três remédios por dia e ainda tomo injeção porque as dores são insuportáveis. Não fiz a cirurgia em um hospital particular, pois não tenho condição financeira. A cirurgia está custando R$ 17 mil, fora o valor da anestesia e internação. Queria que alguém pudesse ver minha situação e me ajudasse. Esperar pela saúde pública, não dá mais”, relatou. Outro lado A Secretaria Estadual da Saúde informou que foram feitas buscas do cadastro da paciente na Central de Regulação do Estado e não foi encontrado registro de solicitação de cirurgia para a paciente e nem de atendimentos realizados. A secretaria orientou que a mulher procure a Secretaria Municipal de Saúde de sua residência e confirme se a solicitação foi encaminhada para o Estado e se existem todos os documentos necessários. A Sesau ainda esclareceu que as solicitações para cirurgias são encaminhados pelos municípios que realizam os primeiros atendimentos nas unidades básicas de saúde, onde são solicitados exames e a cirurgia, caso seja necessário.

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