Cinco investigações

MPE investiga nepotismo, servidor fantasma e falso médico em Santa Fé e Araguanã

Por Agnaldo Araujo
Comentários (0)

08/05/2018 10h35 - Atualizado há 5 anos
O Ministério Público Estadual instaurou cerca de três inquéritos para investigar supostas irregularidades praticadas na Prefeitura de Santa Fé do Araguaia e Câmara Municipal, norte do Estado. Outros dois inquéritos também apuram ilegalidades em Araguanã. Uma das investigações em Santa Fé mira o presidente da Câmara, o vereador Wagner Pereira da Silva. Conforme denúncia anônima feita ao MPE, o parlamentar teria nomeado um parente direto, configurando nepotismo e afronta à Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal. O órgão não cita o grau de parentesco. Se confirmado, o caso pode configurar como ato de improbidade administrativa por violar os princípios que regem a administração pública e causar prejuízo ao erário, conforme o MPE. O órgão requisitou à Câmara cópia dos atos de nomeação e posse do servidor nomeado, bem como esclarecimento sobre a relação de parentesco do servidor com ocupantes dos cargos de prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários municipais. Prefeito Outro inquérito do MPE tem como alvo o prefeito de Santa Fé, Oídio Gonçalves de Oliveira, também por nepotismo. O gestor teria nomeado seus parentes, parentes do vice-prefeito e de vereadores na administração pública. O MPE também não cita o grau de parentesco dos nomeados. Ex-prefeita A ex-prefeita de Santa Fé, Márcia Aparecida Costa Bento, também é alvo de investigação do MPE por supostamente ter contratado um falso médico, por fraude em processo licitatório e fraude em concessão de bem público sem o devido processo de concorrência pública. Araguanã O MPE também instaurou inquérito para investigar possíveis irregularidades nos contratos temporários e nas contratações de parentes do prefeito de Araguanã, Fernando Luiz dos Santos, e do vice-prefeito da cidade, Hernandes Neves de Brito. O caso ainda envolveria nepotismo cruzado com vereadores. Nesse caso, o MPE requereu ao município de Araguanã cópia dos contratos de trabalho ou termos de nomeação e posse dos servidores, bem como dos respectivos contracheques a partir de janeiro de 2017, devendo esclarecer a relação de parentesco indicada. ‘Servidor fantasma’ O MPE também apura suposta contratação de ‘servidor fantasma’ pelo município de Araguanã no ano de 2014, o qual teria recebido dos cofres públicos o valor de R$ 42 mil sem prestar serviços ao município. As ilegalidades se configuram como enriquecimento ilícito e lesão ao erário.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.