Os mais de 5 mil eleitores de cidade de Itacajá (TO) retornam às urnas neste domingo, 3 de dezembro, para elegerem o prefeito e vice do Município. O motivo é que as eleições de outubro de 2016 foram anuladas pela Justiça Eleitoral em razão de que o candidato vencedor à época, Manoel Pinheiro (PSDB), estava inelegível. Ocorre que a mesma situação pode se repetir dessa vez, já que Manoel Pinheiro disputa novamente o pleito e o Ministério Público Eleitoral ajuizou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra sua chapa e aliados políticos por abuso de poder. A ação foi proposta pelo promotor eleitoral Luiz Antônio Francisco Pinto após denúncias de utilização de imóvel público para realização de reunião político-partidária, no dia 6 de novembro. São réus no processo o prefeito interino Wesley Clayton Barros (PSD), o candidato a prefeito Manoel Pinheiro (PSDB), o candidato a vice João Batista de Souza Costa (PMDB), os vereadores Rinaldo Castro (PSC) e Adão Coelho (PSDB) e a diretora da Centro Municipal de Educação Infantil Antônia de Alencar Fernandes, Isonete Marinho Gomes. Durante a reunião, o prefeito interino e os dois vereadores teriam solicitado apoio político para os referidos candidatos. Além disso, Wesley teria feito ameaças aos servidores e professores, já que maioria são contratados sem concurso público. Segundo a ação, o prefeito interino chegou a citar exemplos de pessoas que foram demitidas por não o apoiar politicamente. “A Isonete [atual diretora da instituição] já assumiu a diretoria, até poucos dias era Adriana, que também dei oportunidade para ela e nunca interferi em decisão nenhuma que a Adriana tomasse aqui dentro. Mas como era cargo de confiança e ela não quis acompanhar para onde eu fui, mudei”, teria dito Wesley Clayton Nem mesmo os professores concursados teriam escapado de intimidações, relacionadas à redução da carga horária, que traria reflexos na remuneração. Segundo o Ministério Público, o candidato Manoel Pinheiro também discursou durante a reunião que inclusive ocorreu em horário de expediente no órgão público. O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do registro de candidatura do candidato a prefeito Manoel Pinheiro e do seu vice, ou a cassação dos diplomas com a consequente perda dos mandatos, caso a chapa seja eleita, bem como a decretação de inelegibilidade de ambos. Manoel Pinheiro já foi prefeito de Itacajá por dois mandatos e teve as contas de 2010 rejeitadas pela Câmara Municipal de Vereadores, em julgamento no ano de 2014. Nas eleições de 2016, Manoel Pinheiro foi eleito com apenas 68 votos à frente da segunda colocada, mas não tomou posse e o pleito foi anulado. Três nomes disputam a prefeitura de Itacajá nas eleições deste domingo (3): Cleoman Correia Costa (PR - 22), Raimundo Marcos (PT - 13) e Manoel Pinheiro (PSDB - 45).