Em Porto Nacional

Mulher é condenada por matar homem que a assediava e humilhava no Tocantins

Por Agnaldo Araujo
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17/08/2018 12h08 - Atualizado há 5 anos
Uma mulher de 39 anos foi condenada a 6 anos de prisão em regime semiaberto por matar um colega de trabalho que a assediava e humilhava constantemente dentro da empresa onde trabalhavam. A arma utilizada foi uma faca, do tipo peixeira. “Eu não queria que ele me tocasse. Foi um acidente”, afirmou a mulher ao Tribunal do Júri no dia 7 de agosto deste ano. O crime ocorreu na tarde do dia 17 de abril de 2012, em uma empresa de mineração, no município de Porto Nacional (TO). Ela era a única mulher que trabalhava no local entre vários homens. A Justiça não decretou a prisão cautelar dela, que vai apelar da condenação em liberdade. A auxiliar administrativo relatou que foi encurralada pelo colega de trabalho, um soldador, após uma discussão. Segundo ela, o crime não foi premeditado. “Ele torceu meu braço e eu recuei. Eu fiquei com muito medo de ele me violentar, que seria pior. O que seria pior: ser violentada ou estar aqui hoje? Eu não sei dizer para vocês”, afirmou ao tribunal. A mulher foi denunciada pelo Ministério Público no dia 24 de agosto de 2012. Segundo o promotor Abel Andrade Leal Júnior, o soldador pediu a ela uma contribuição para uma vaquinha do lanche, mas a mulher pediu que o homem "não conversasse com ela". "A vítima insistiu. Ambos começaram a discutir, momento em que a denunciada apoderou-se de uma faca, tipo peixeira, desferindo um golpe na vítima”, afirmou Abel Andrade Leal Júnior. Segundo o processo, a mulher e o homem já tinham discutido anteriormente pelo mesmo motivo. O soldador teria falado que a mulher iria contribuir com o "rabo da vaca" para vaquinha da merenda e ela não gostou. Após o episódio, o homem ficou 'pegando no pé' da mulher. Segundo uma testemunha, a 'brincadeira' era na verdade uma 'humilhação'. Ela foi encurralada e não gostou da situação. "Não tinha outro lugar para passar. Eu queria só que ele saísse da frente que eu ia embora. Eu não estava mais disposta a permanecer um dia mais naquele lugar. Eu só dei… só foi uma (facada). Eu não vi (onde pegou). Depois eu passei, ele ficou conversando, eu não vi sangue. Para mim, eu não tinha furado ele. Eu não vi sangue, eu peguei minha bolsa e saí andando", disse a mulher.

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