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Novas regras para uso do rotativo do cartão de crédito entram em vigor; confira aqui

Por Agnaldo Araujo
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03/04/2017 16h50 - Atualizado há 5 anos
A partir desta segunda-feira (03/04), quem não tem dinheiro suficiente para pagar toda a fatura do cartão de crédito pode passar, no máximo, um mês no crédito rotativo. Depois disso, o valor atrasado deverá ser pago ou parcelado em uma linha de crédito que cobra taxas de juro mais baixas. Até então, o crédito rotativo era conhecido como o vilão dos empréstimos, por cobrar taxas que chegavam a 490% ao ano, enquanto o crédito parcelado, por exemplo, cobrava 160% ao ano, em média. Contratado automaticamente quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão, o rotativo é um dos grandes responsáveis pelo superendividamento de consumidores. Com a nova regra, o governo federal obriga as pessoas a saírem da bola de neve do crédito rotativo, limitando o período do empréstimo. Assim, a expectativa é que os bancos passem a cobrar juros menores no rotativo, porque as chances de levarem calote diminuem. A partir de hoje, cada banco oferece condições diferentes de crédito parcelado, para quem chegar ao limite de 30 dias no rotativo (confira abaixo as regras de cada um). Fuja do rotativo Apesar do crédito rotativo ficar mais barato para consumidores, ele continua sendo um empréstimo caro, segundo especialistas. “As condições estão melhores do que antes, mas o rotativo ainda é muito perigoso”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Utilizar o cartão de crédito descontroladamente é o primeiro passo para não conseguir pagar a fatura integral e cair no rotativo. Segundo uma pesquisa feita pelo aplicativo de finanças GuiaBolso, os brasileiros pagam 41% de todos os seus gastos com cartão de crédito e estão usando mais o cartão para pagar as contas cotidianas da casa, o que é um perigo. “É sempre melhor pagar à vista. As pessoas só deveriam usar o cartão em emergências, para excepcionalmente comprar produtos de alto valor ou quando não dá para pagar de outro jeito, em compras online, por exemplo”, ensina Thiago Alvarez, fundador do GuiaBolso. Se chegou ao ponto de você não conseguir pagar o valor total da fatura, fuja do rotativo. Prefira negociar com o banco um empréstimo mais barato para pagar integralmente a fatura, como um consignado ou um empréstimo pessoal. “Usar o rotativo não deveria ser uma opção em nenhum momento. É sempre melhor procurar uma alternativa com juros menores”, aconselha o educador financeiro Rafael Seabra, autor do livro Quero ficar rico. (Exame.com)

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