Saúde pública

Paciente de Araguaína tem braço amputado devido a erro médico e aguarda Estado custear tratamento

Por Agnaldo Araujo
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09/12/2016 17h21 - Atualizado há 5 anos
O editor de imagens da TV Record de Araguaína (TO), Ricardo de Oliveira Rosa, de 40 anos de idade, batalha diuturnamente para vencer um câncer. Além da doença, ele convive com sequelas deixadas por erro no tratamento e a longa espera por providências por parte do Estado. Ricardo vivia sua rotina normal até o ano de 2013, quando foi diagnosticado com um tipo de câncer raro e agressivo. Em decorrência da doença, está sem exercer a função de editor há um ano e corre contra o tempo para salvar sua vida. Ele já passou por tratamento em Palmas (TO), Goiânia (GO) e Barretos (SP), mas atualmente está internado no Hospital Regional de Araguaína (HRA). Ainda no mês de maio de 2016, quando estava em São Paulo, Ricardo descobriu que o tratamento feito no Tocantins foi errado. “Aqui eu estava fazendo quimioterapia normal e o que eu preciso é de imunoterapia. Ele é um tratamento [feito] através de medicamento importado dos Estados Unidos,” relatou em entrevista. Ao longo de três anos, Ricardo passou por cinco cirurgias e, por causa do erro no tratamento, teve um braço amputado. Em outubro deste ano, a Justiça condenou o Estado a bancar o tratamento, mas a sentença ainda não foi cumprida e o drama vivido por Ricardo continua. “Esses últimos dias tem sido uma turbulência. A doença expandiu de mais, pelo pulmão, fígado e abdômen. Eu tenho passado muito mal. Vivo num hospital internado, tem sido muito ruim mesmo. A doença não perdoa não, está avançando muito rápido porque é um tipo de câncer muito agressivo”, contou. Ricardo ainda explicou que está esses dias em Araguaína e quando o quadro de saúde se agravar tem que ir para o HRA. Ainda ressaltou que o tratamento tem que prosseguir em Barretos. Na próxima semana ele embarca rumo ao Estado paulista. Resposta da Sesau Em nota, a Secretaria de Saúde informou que o paciente está internado no HRA recebendo acompanhamento de equipe multiprofissional e que já abriu processo de compra do medicamento Ipilimumabe, indicado para o tratamento de Ricardo. “Apesar de este ser um medicamento de alto custo, importado e não pertencer a Relação Nacional de Medicamentos (Rename) utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a secretaria tem empenhado todos os esforços para garantir a aquisição e importação do medicamento no menor tempo possível”, afirma a nota. Sobre o erro no tratamento, a Sesau afirmou que está encaminhando ao Conselho Regional de Medicina (CRM) solicitação para apuração do suposto erro. (Araguaína Notícias)

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