Após a análise de documentos apreendidos na primeira fase da Operação Ápia, a 4ª Vara Federal de Palmas (TO) decretou a prisão preventiva de quatro pessoas ligadas à Construtora Rio Tocantins (CRT), com sede em Araguaína. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (27/10) e cumpridas na manhã desta sexta-feira (28/10). Conforme a Polícia Federal (PF), todos já foram presos. As prisões foram realizadas em Palmas e Araguaína. A decisão também determinou a busca e apreensão de documentos nas residências dos investigados. A Justiça afirma que os quatro presos têm poder decisivo nas atividades da empresa.
“Teriam eles participação direta no arquétipo criminoso objeto da presente investigação, e estariam, até o presente momento, cometendo crimes em série”. Os presos foram: Janaína Aires Guimarães (filha do sócio majoritário Rossine Aires Guimarães que está em prisão domiciliar); Cid Hoffman (administrador da empresa), Jairo Arantes (sócio minoritário); e Luciene da Silva Oliveira (empregada da CRT). Dois já tinham sido presos temporariamente no início das investigações (Jairo e Luciene) e Janaína Aires e Cid Hoffman tiveram as prisões decretadas pela primeira vez na Operação Ápia. Os presos em Araguaína foram conduzidas ainda esta manhã para a Superintendência da Polícia Federal, em Palmas, para prestarem depoimento. Após o procedimento, os detidos serão levados para audiências de custódia na Justiça Federal, em seguida ao Instituto Médico Legal (IML) e posteriormente aos presídios designados de acordo com o sexo. A Operação Ápia desenvolvida pela PF, Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU) investiga supostas fraudes em licitações públicas de obras de terraplanagem e pavimentação asfáltica em rodovias estaduais. Os contratos correspondem a R$ 1,2 bilhão e o total desviado dos cofres públicos pode chegar a R$ 200 milhões.
Primeira fase Na primeira fase da operação foram presas 21 pessoas. Segundo investigação da PF, os envolvidos agiam em três núcleos compostos por políticos, servidores públicos e donos de empreiteiras. Um dos principais suspeitos de envolvimento no esquema é o ex-governador Sandoval Cardoso, que permanece preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).
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