Da Redação //AF Notícias A Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira (8) um homem acusado de matar o estudante universitário Fabrício Martins, de 24 anos. O suspeito, identificado como Hiago Pereira da Silva, de 24 anos, confessou o crime e ainda levou a polícia até a casa onde praticou o homicídio, localizada na Rua Voluntários da Pátria no Bairro São João, próximo ao Centro Espírita. No local havia cordas e outros objetos usados no crime, como uma faca. As investigações estão sendo conduzidas pelo delegado José Rérisson Macedo. À polícia, o suspeito disse que praticou o crime sozinho. Hiago trabalha em um frigorífico da cidade, onde foi preso. Ele mora na casa com outro estudante, há pouco tempo. A vítima, Fabrício Martins, trabalhava no mesmo frigorífico onde o autor trabalha. A Polícia Civil disse que suspeitava de Hiago desde o início da investigação. "Quando apresentamos todos os elementos de prova da participação dele no crime, ele [Hiago] não teve como negar, confessou e contou os detalhes do que aconteceu naquela noite", disse o delegado. Hiago matou Fabrício a facadas. Conforme a Polícia Civil, a versão do suspeito é muito consistente com as provas que estão nos autos. Motivação do crime O motivo estaria relacionado a um vídeo que Hiago teria produzido de Fabrício no frigorífico quando ele estava dentro do banheiro. Ele filmou por cima da parede do banheiro o momento em que Fabrício estava trocando de roupa. Hiago chegou a dizer que tinha apagado o vídeo, contudo, já havia repassado uma cópia ao próprio Fabrício. Em razão disso, Fabrício teria exigido R$ 4 mil para não entregá-lo no departamento de Recursos Humanos da empresa, onde possivelmente seria demitido. Eles passaram cerca de 60 dias em negociação, mas Hiago não conseguiu o dinheiro. Segundo o delegado, Hiago estava desesperado com a possibilidade de Fabrício apresentar o vídeo na empresa e, na noite do crime, dia 19 de maio, chamou a vítima até sua casa onde disse que estava com o dinheiro. Quando Fabrício chegou no local, ambos sentaram-se na mesa e estavam alterados. Em um certo momento, Hiago pegou a faca que estava próxima e desferiu os golpes em Fabrício, cerca de quatro a cinco facadas. Logo depois, já tarde da noite, Hiago deixou o corpo de Fabrício próximo ao banheiro e saiu empurrando a moto da vítima até o Setor Jardim Paulista, por não saber pilotar, onde abandonou o veículo. Ele conta que não foi parado por ninguém, mas se fosse diria que era problema de combustível. Em seguida, o suspeito retornou e foi até a casa de um amigo, onde pegou um carrinho de mão, alegando que seria para carregar areia. Ele disse que já tinha amarrado o corpo com umas cordas do varal de roupas para que coubesse numa toalha e dentro do carrinho. Posteriormente, ele levou até a ponte do Córrego Canindé, abaixo do Parque Cimba, onde jogou o corpo e voltou para sua residência. A Polícia Civil afirmou que tem todas as mensagens trocadas pelo autor e vítima momentos antes do crime. O corpo de Fabrício foi encontrado debaixo da ponte do córrego já em avançado estado de decomposição após 16 dias do desaparecimento. Já sua motocicleta foi abandonada numa rua do Setor Jardim Paulista. A camisa da vítima tinha várias perfurações.