A Polícia Federal está cumprindo mandados de condução coercitiva em Palmas nesta terça-feira (6) como objetivo esclarecer o esquema das chamadas "pontes de papel", obras que nunca foram construídas ou foram superfaturadas.
A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde os governadores dos Estados são julgados. O atual governador Marcelo Miranda (MDB) e o ex-governador Siqueira Campos (DEM) são alvos.
No ano passado, o Tribunal de Contas da União apontou que o superfaturamento em obras de pontes e rodovias do Tocantins provocou um prejuízo de R$ 38 milhões aos cofres públicos. O sobrepreço verificado oscila de 29,75% a até 35,15%. As obras foram custeadas com recursos federais que ultrapassam a quantia de R$ 262 milhões. Em 2016, o Ministério Público Estadual propôs várias ações de ressarcimento de danos ao erário, apontando irregularidades nas pontes sobre o Rio da Prata (Marianópolis), Rio João Aires (Palmeirante), Rio Chato (Araguaçu), Rio Corda (Riachinho/Wanderlândia), Rio Balsas Mineiro (Ponta Alta/Pindorama), Rio Garrafa (Goianorte), Rio Mangues, Rio São José (Paraíso do Tocantins), Rio Pau Seco (Colinas) e Córrego Brejo Grande (Lagoa do Tocantins). Entre as irregularidades averiguadas durante inquérito civil está o superfaturamento de preços, pagamentos de duplicidade do canteiro de obras, fraudes nas medições, superdimensionamento de obras e pagamentos em dólar americano. VEJA MAIS... http://afnoticias.com.br/operacao-pontes-de-papel-investiga-organizacao-que-teria-desviado-r-420-milhoes-do-governo-do-tocantins/