Crime ocorreu em 2014

Policiais civis e advogado de Araguaína serão levados a júri popular por tentativa de homicídio

Por Redação AF
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06/06/2017 14h30 - Atualizado há 5 anos
A Justiça mandou a Júri Popular dois policiais civis e um advogado de Araguaína acusados de tentativa de homicídio duplamente qualificado. Segundo o Ministério Público Estadual os policiais Ademael das Neves Conceição e Genilson da Costa Feitosa, e o advogado Rafael Elias Nicoterra, são acusados de tentar matar, em setembro de 2014, Wellington Gomes da Costa e Luiz James Pedrosa de Araújo, para evitar que eles os denunciassem por crimes anteriores.

Conforme o MPE, a justiça reconheceu que há indícios de autoria do crime. A sentença de pronúncia foi proferida no dia 30 de maio.

Conforme a acusação, o crime teria sido praticado utilizando-se de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e causando perigo comum, ou seja, disparos de arma de fogo em via pública.

Ademael e Genilson já respondem a outras ações penais por diversos crimes, entre eles corrupção, tráfico de drogas e associação criminosa. Eles estão presos desde junho de 2016, e Rafael responde ao processo em liberdade.

Entenda o caso

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, em 2014, os três acusados dedicavam-se à comercialização de veículos "Finan" e extorquiam dinheiro de Luiz James e Wellington Gomes, sob o pretexto de que iriam entregá-los para a polícia, ou acusá-los de crimes diversos.

Após se recusarem a continuar dando dinheiro aos acusados, as vítimas passaram a sofrer ameaças e foram alvos de aproximadamente 20 disparos de arma de fogo em via pública na cidade de Araguaína, próximo ao Hospital Municipal. Nenhum deles atingiu Luiz e Wellington, porque conseguiram fugir do local.

Segundo o Ministério Público, nas investigações, ligações rastreadas demonstraram que os policiais realizaram uma verdadeira ‘caçada’ a Luiz James e a Wellington, que começou ainda na madrugada e se intensificou ao longo do dia 12 de setembro de 2014, até o momento da tentativa de homicídio, por volta das 18h.

Ainda conforme o MPE, apurou-se que o posicionamento geográfico do advogado Rafael também coincidia com o trajeto percorrido pelas vítimas. “Tal fato demonstra o envolvimento dos três acusados, que trocavam entre si dezenas de chamadas telefônicas, antes e logo após a prática do crime”, ressaltou o promotor de justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira na denúncia criminal.

As informações são do Ministério Público Estadual.

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