Desrespeito aos aprovados

Prefeita de Nazaré revoga homologação de concurso e assina decreto para contratar servidores temporários

Por Redação AF
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03/02/2017 12h18 - Atualizado há 5 anos
Dezenas de candidatos aprovados no concurso público da Prefeitura de Nazaré, no norte do Estado, estão revoltados com uma tentativa de manobra da atual prefeita, Maria Elvira Chagas de Araújo (PV), para anular o certame. Segundo a denúncia, assim que tomou posse, uma das primeiras medidas da gestora foi assinar decreto para suspender a convocação dos aprovados e autorizar a contratação de pessoal sem concurso, sob a alegação de que seriam analisadas possíveis irregularidades. O concurso foi realizado no ano passado ofertando 105 vagas para os níveis fundamental, médico, técnico e superior. Os salários variam entre R$ 880 e R$ 2,1 mil. O resultado final foi homologado no dia 14 de novembro pelo ex-prefeito Clayton Paulo (PTB). As provas objetivas foram aplicadas no dia 19 de setembro, mas somente agora estão surgindo esses questionamentos. Para os candidatos, trata-se de uma perseguição da prefeita em razão da rivalidade entre os grupos políticos. Eles acrescentam ainda que não houve um único questionamento em relação ao concurso durante todas as fases. Somente agora, o vereador recém-empossado Vagno de Sousa Lima (PRB), aliado da prefeita, começou a questionar a lisura do certame. Curiosamente, relatam os aprovados, Vagno disputou uma das vagas 24 vagas para Auxiliar de Serviços Gerais (ASG), porém ficou muito distante da aprovação, na posição 280º. A atual prefeita também disputou o concurso concorrendo a uma vaga para Assistente Social, mas também ficou longe da aprovação, na posição 47ª, entre 52 candidatos que disputaram a vaga. Na última quarta (1º de fevereiro), Elvira assinou decreto nº 09/2017 revogando a homologação do concurso. Em outro decreto nº 04/2017, a prefeita autorizou a si mesma a contratação temporária de servidores sem concurso público. Os candidatos aprovados no certame já procuraram o Ministério Público Estadual para denunciar a situação e aguardam uma resposta. A reportagem solicitou posicionamento do órgão. O AF também tentou contato com a prefeita de Nazaré, mas a ligação não foi atendida. O espaço continua aberto.

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