Descaso com o cidadão

Servidores, pacientes e acompanhantes ficam sem alimentação no Hospital Regional de Araguaína

Por Agnaldo Araujo
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01/08/2016 17h10 - Atualizado há 5 anos
Servidores, acompanhantes e pacientes internados no Hospital Regional de Araguaína (TO) vão ficar sem alimentação a partir desta segunda-feira (01/08). A denúncia foi feita pelo cidadão Givanildo, que é paciente renal crônico e está internado na unidade há cerca de sete meses. De acordo com o paciente, foi servido apenas "cuscuz seco" para o almoço desta segunda. Um vídeo mostra um pequeno copo plástico com o alimento e também o desabafo de um cidadão. "Isso é o almoço do Hospital Regional. Olha onde chegamos! Olha a condição! O almoço dos pacientes: cuscuz de arroz seco. Não tem nada aqui dentro [do hospital]. Não tem arroz, não tem feijão, não tem remédio. Não tem nada, nada, nada...", desabafou. Conforme Givanildo, existem vagas para o tratamento renal em um instituto particular de Araguaína. Porém, o proprietário não estaria recebendo nenhum paciente do HRA devido atraso no pagamento por parte do Governo do Estado. “Nosso pedido é que alguém tome alguma providência sobre isso, pois estamos no último grau de respeito ao cidadão doente”, lamentou o paciente. O outro lado Por meio de nota, a Secretaria de Saúde disse que esteve reunida com representantes da empresa Litucera na última terça-feira, 26 de julho, ocasião em que a empresa se comprometeu em ata a manter normalizados os serviços nas unidades hospitalares até o dia 20 de agosto. A secretaria esclareceu que os pacientes continuam recebendo alimentação e que já notificou a empresa para que regularize as refeições de acompanhantes e servidores. A Saúde informa ainda que já trabalha na abertura de um novo processo de licitação deste serviço e que está fiscalizando o cumprimento do contrato por parte da empresa para que não haja prejuízos para pacientes e servidores. Problema constante A falta de alimentação tem sido recorrente em todos os hospitais públicos do Estado. Em março deste ano, o Ministério Público Estadual (MPE) ingressou com uma ação judicial contra o Estado do Tocantins e a empresa Litucera para que fosse restabelecida a alimentação no Hospital de Araguaína. Na época, a promotora Araína Cesárea D'Alessandro afirmou que a empresa estava agindo de forma arbitrária, pois deveria recorrer ao Judiciário para receber os valores atrasados, e não paralisar o serviço sem aviso prévio. O MPE afirmou ainda que o Governo do Estado está sendo omisso por deixar a situação se agravar.

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