Luta por direitos

"Trabalhadores poderão ser usados como escravos após reforma", diz líder sindical

Por Agnaldo Araujo
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27/04/2017 10h01 - Atualizado há 5 anos
O diretor regional do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe), em Araguaína, Ronaldo Sérgio Alves, criticou os deputados federais do Tocantins favoráveis à reforma trabalhista e afirmou que eles votaram “contra o povo”. “É vergonhoso saber que aqueles que deveriam nos representar só votam contra nós. O povo do Tocantins não irá esquecer o nome desses deputados. Hoje são eles quem têm o poder do voto, mas ano que vem será o povo”, lembrou. A reforma foi aprovada na Câmara Federal na madrugada desta quinta-feira (27). Sete dos oito deputados do Tocantins votaram a favor da reforma. São eles: Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM); Josi Nunes (PMDB); Lázaro Botelho (PP); Vicentinho Júnior (PR); César Halum (PRB); Irajá Abreu (PSD); Carlos Henrique Gaguim (PTN). Para Ronaldo Sérgio, a reforma dará poder para os patrões explorarem os empregados. “A reforma trabalhista dará ainda mais poderes para que os patrões usem os trabalhadores como escravos e uma vez essa reforma sendo aprovada eles estarão fazendo isso amparados pela Lei”, disse. Ronaldo Sérgio voltou a afirmar que os deputados e senadores que votaram a favor das reformas terão forte oposição em 2018. "Não podemos pagar por uma conta que não é nossa. Lutaremos até o fim pelos nossos direitos. Nós, tocantinenses, não iremos perdoar os deputados e senadores que votarem contra os nossos direitos e eu afirmo: iremos fazer campanha contra quem votar a favor das reformas e contra o povo brasileiro”, ponderou. Paralisação no dia 28 O diretor do Sintet ainda lembrou a paralisação geral dos trabalhadores que está marcada para ocorrer nesta sexta-feira (28) em protesto contra as reformas trabalhista e previdenciária em discussão no Congresso Nacional. “Estaremos nas ruas lutando contra essas reformas, lutando contra o desrespeito desse governo que está tentando de todas as formas arrancar aquilo que é nosso por direito” afirmou.

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