<div style="text-align: justify;"> <br /> <span style="font-size:14px;">Deve entrar na pauta da sessão do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO) em breve o resultado da auditoria especial realizada pelo órgão nas contas da Assembleia Legislativa no período de 5 de maio a dois de setembro de 2011 referente ao período em que o deputado do PMDB, Junior Coimbra foi presidente da Casa.<br /> <br /> O relator é o auditor Leondiniz Gomes que já está com o relatório pronto. Se o TCE condenar Coimbra o deputado pode ficar inelegível.<br /> <br /> O relatório aponta que na época a Casa de Leis tinha 1403 servidores destes apenas 292 eram efetivos. Houve alteração na remuneração dos cargos efetivos na gestão de Coimbra e foi constatado ainda o não pagamento referente à URV.<br /> <br /> Com relação ao fracionamento de despesas com aquisição de refeições o relatório aponta possíveis irregularidades. Eram contratadas na época as empresas Dom Vergílio e Churrascaria Portal do Sul e os valores totais para a contratação de cada uma eram de R$ 76.160,00 e R$ 154.836,50, respectivamente. O relatório aponta divergências no processo licitatório para contratação da empresa. “O fracionamento se caracteriza quando se divide a despesa para utilizar modalidade de licitação inferior a recomendada legislação para o total da despesa ou para efetuar contratação direta. No entendimento da equipe de auditoria houve a clara intenção do fracionamento de objeto contratado”, diz o relatório.<br /> <br /> Outra questão apontada é a ausência de pesquisa de preços referenciais de mercado já que segundo o relatório as empresas contratadas para serviços de Self service e marmitex pertencem ao mesmo proprietário e além disso houve evidente falta de competição entre empresas que concorreram. O relatório aponta ainda que foram aplicados preços desiguais para serviços semelhantes por parte das empresas e ainda ausência transparência na especificação dos objetos contratados.<br /> <br /> <u><strong>Gestão de patrimônio: empresa de Araguaína</strong></u><br /> <br /> Outro tópico da auditoria é com relação à gestão de patrimônio e neste quesito o relatório aponta inoperância por parte dos responsáveis. A auditoria constatou que a empresa Apoekã Indústria e Comércio de Móveis Ltda, de Araguaína, contratada por mais de R$ 1 milhão para fornecer móveis para os gabinetes da Assembleia não entregou tudo o que foi adquirido.<br /> <br /> Outro apontamento da auditoria é que a Assembleia não tem controle dos bens adquiridos no ano de 2010 e que os responsáveis não souberam informar onde alguns móveis se encontram nem a real situação dele. Foram apontadas as seguintes irregularidades: bens sem devida identificação, falta de termo de responsabilidade, ausência de inventário anual com situação de uso e valores, falta de controle das movimentações dos bens e precariedade no tombamento de bens materiais.<br /> <br /> <u><strong>Pesquisa eleitoral com dinheiro público</strong></u><br /> <br /> A auditoria aponta ainda desvio da finalidade de contrato com relação à uma pesquisa que foi contratada nos 139 municípios tocantinenses ( e realizados em apenas 136) com a finalidade de aprimorar a ação parlamentar do Tocantins. A empresa contratada foi a Tocantins Market – Análise e Investigação de Mercado Ltda por R$ 1.584.000,00 milhão.<br /> <br /> Na análise da auditoria constatou-se que as perguntas feitas na pesquisa funcionaram na verdade como uma sondagem eleitoral e perguntava inclusive sobre as intenções de voto para governador. <em>“Nota-se que o gestor utilizou deste instrumento para realizar pesquisa de caráter eleitoral em benefício próprio”</em>, constata.<br /> <br /> O relatório pede a imputação de debito no valor de R$ 528 mil para Coimbra, para o ex-secretário Geral da AL, Donizeti Aparecido Silva, e o ex-Diretor da área administrativa, Jair Venâncio da Silva.<br /> <br /> <u><strong>Ouvidoria Milionária</strong></u><br /> <br /> A mesma empresa da pesquisa foi contratada por R$ 2.516.399,16 para implantar uma central de atendimento de ouvidoria na Casa de leis. <em>“Foram gastos R$ 2.516.391,06 mi dos cofres públicos sem proporcionar algum custo-benefício tanto para o poder público como também para a sociedade”</em>, aponta a auditoria.<br /> <br /> São apontados ainda no relatório a deficiência na prestação de serviços de digitalização, pagamentos sem a devida prestação de serviços. <em>“A diferença dos valores pagos e os valores dos serviços executados de acordo com a quantidade de documentos digitalizados contida dos DVDs totalizam R$ 1.9998.976,00 milhão pagos a maior”</em>, consta no relatório.<br /> <br /> (Com informações do Conexão Tocantins)</span></div>