<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> O Partido da República (PR) no Tocantins deve iniciar uma nova fase em sua história, a começar pela formação de dois grupos com afinidades bem antagônicas, caso não haja consenso na cúpula republicana. A ausência do senador João Ribeiro deixou não só uma lacuna referencial, mas também um espaço para iniciar as divergências sobre qual será o posicionamento do partido daqui pra frente.<br /> <br /> O PR já tinha uma posição bem definida, na oposição, inclusive tendo João Ribeiro como pré-candidato ao Governo. Mas sua morte deixou a sigla como um barco à deriva num mar onde ventos fortes sopram para todos os lados. Por isso, atualmente, essa nova posição só restará definida após a definição do próximo presidente regional da sigla.<br /> <br /> Os nomes mais cotados são de Ronaldo Dimas, prefeito de Araguaína e aliado a Siqueira Campos, e Luana Ribeiro, deputada estadual de oposição e filha do ex-senador.<br /> <br /> Em Araguaína, onde o PR possui uma grande bancada com seis vereadores na Câmara, os objetivos já estão bem definidos para uma composição com o Governo do Estado, além de ter o atual presidente da Câmara, Marcus Marcelo, como pré-candidato a deputado federal. No entanto, o sucesso deste projeto depende, em parte, da ascensão de Ronaldo Dimas à presidência regional da sigla.<br /> <br /> Já os partidos que fazem oposição ao Governo do Estado temem que Dimas leve o PR para a base governista. O que seria natural, dado o fato de que Dimas foi secretário de Estado na atual gestão, recebeu apoio do Governo nas eleições de 2012 e, atualmente, há várias promessas de liberação de recursos para obras importantes em Araguaína, como a duplicação da Avenida Filadélfia, revitalização da Feirinha e pavimentação asfáltica.<br /> <br /> Ronaldo Dimas, além de ser ex-deputado federal, prefeito da cidade mais importante do Tocantins, é visto como o “político da vez”. Nos bastidores, os planos do seu grupo são ousados, sonhando inclusive com uma candidatura a Governo do Estado num futuro não muito distante. Mas isso é discussão para um segundo mandato e dependerá também do sucesso de sua gestão. Isso quer dizer: promessas cumpridas. <br /> <br /> Nesse cenário, caso a cúpula do PR não chegue a um entendimento, o partido pode caminhar para uma ruptura e desentendimentos internos, correndo o risco de interpretar a mesma novela vivida recentemente pelo PMDB.<br /> <br /> Para quem defende o nome de Luana Ribeiro, destaca que por ser filha do ex-senador estaria em melhores condições de representar o legado deixado por seu pai e dar continuidade ao seu propósito (na oposição). Acontece que já existe uma brecha para que a própria Luana Ribeiro estude uma composição com a base governista. Mesmo assim, no presente, a escolha do novo presidente regional ainda promete render muitos debates.<br /> <br /> Para tentar definir o futuro republicano no Tocantins, está prevista para a próxima semana uma reunião em Brasília com o presidente nacional, Alfredo Nascimento.</span></div>