Revista Época: Irmão do ex-governador Marcelo Miranda é acusado de calote de R$ 8 milhões

Por Redação AF
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11/02/2014 11h57 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Da Reda&ccedil;&atilde;o</u><br /> <br /> O jornalista&nbsp;Felipe Patury, da Revista &Eacute;poca, publicou em sua coluna nesta semana que o&nbsp;ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (PMDB) n&atilde;o tem sossego, lembrando que em 2009, foi cassado por abuso de poder e mesmo ineleg&iacute;vel, diz que disputar&aacute; o governo neste ano.<br /> <br /> Segundo a publica&ccedil;&atilde;o, ainda que consiga ser candidato, Miranda enfrentar&aacute; um novo problema na campanha eleitoral. Jos&eacute; Edmar Miranda J&uacute;nior, seu irm&atilde;o, &eacute; acusado na Justi&ccedil;a de ter se apropriado do patrim&ocirc;nio de um fazendeiro local, Alexandre Jardim, conhecido como Mam&atilde;o. Mam&atilde;o afirma que, em 2004, tinha terras e vacas que valiam R$ 8 milh&otilde;es. Associou-se a Miranda J&uacute;nior, e o neg&oacute;cio cresceu. Juntos, chegaram a ter quatro fazendas e 20 mil reses, avaliadas em R$ 60 milh&otilde;es. Mam&atilde;o diz que, em 2012, vendeu tudo a Miranda J&uacute;nior, que lhe deu o calote. Mam&atilde;o cobra os R$ 8 milh&otilde;es que tinha antes da sociedade e R$ 2 milh&otilde;es por danos morais.&nbsp;<br /> <br /> <u><strong>Na Justi&ccedil;a</strong></u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Na peti&ccedil;&atilde;o inicial, Alexandre Jardim, mais conhecido como Mam&atilde;o, admite ter sido um laranja de Brito J&uacute;nior em neg&oacute;cios que chegam &agrave; casa de mais de R$ 130 milh&otilde;es. Mam&atilde;o acusa o irm&atilde;o de Marcelo Miranda de t&ecirc;-lo obrigado a assinar documentos que transferiram todo o patrim&ocirc;nio registrado em seu nome para Brito J&uacute;nior e sua esposa, M&aacute;rcia Pires Lobo.<br /> <br /> A &quot;parceria&quot; entre Alexandre Mam&atilde;o e Brito J&uacute;nior come&ccedil;ou em 2005, quando Mam&atilde;o foi contratado pela empresa CGE Administra&ccedil;&atilde;o e Participa&ccedil;&atilde;o, de propriedade de Brito, para trabalhar como auxiliar de escrit&oacute;rio. Os dois fizeram um acordo verbal de sociedade, onde cada parte teria 50% de participa&ccedil;&atilde;o em lucros advindos principalmente de investimentos em agropecu&aacute;ria e im&oacute;veis.<br /> <br /> Segundo a peti&ccedil;&atilde;o, Alexandre criou a empresa Agropecu&aacute;ria Mata Verde, cuja s&oacute;cia principal era a empresa Agropecu&aacute;ria Umuarama, indicada por Brito. Antes da constitui&ccedil;&atilde;o da Agropecu&aacute;ria Mata Verde, Alexandre Mam&atilde;o declarou como seu patrim&ocirc;nio &agrave; Receita Federal um avi&atilde;o monomotor corisco turbo da Embraer, as fazendas Ouro Verde I, Ouro Verde II, Ouro Verde III, S&atilde;o Jos&eacute; I e S&atilde;o Jos&eacute; II que, somadas, t&ecirc;m a extens&atilde;o de 19.044 hectares, al&eacute;m 800 cabe&ccedil;as de gado.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Dinheiro para campanha de 2006. </strong></u><br /> <br /> No auge da sociedade com Brito Miranda J&uacute;nior, Alexandre Jardim tornou-se tamb&eacute;m o homem de confian&ccedil;a do seu pai, Jos&eacute; Edmar de Brito Miranda, ex-secret&aacute;rio de Infraestrutura do governo Marcelo Miranda. Na campanha para governador de 2006, a primeira depois do rompimento de Marcelo Miranda com Siqueira Campos (PSDB), Alexandre Jardim teve um papel importante.<br /> <br /> &quot;Na &eacute;poca da campanha para reelei&ccedil;&atilde;o do governador Marcelo Miranda, no ano de 2006, Brito Miranda pediu ao Autor [Alexandre Jardim] que acompanhasse um recebimento de R$ 4.800.000,00 em esp&eacute;cie, cujo saque aconteceria na ag&ecirc;ncia Prime do Banco Bradesco de Aragua&iacute;na. Sem retrucar, o Autor se dirigiu at&eacute; l&aacute;, acompanhado apenas do motorista da fam&iacute;lia Miranda, sr. Jos&eacute; Teod&oacute;sio da Silva, e fez a retirada, acompanhando o valor at&eacute; a efetiva entrega ao Sr. Brito Miranda&quot;, diz a advogada de Alexandre na peti&ccedil;&atilde;o inicial do processo.<br /> <br /> <u><strong>Amea&ccedil;a e mortes</strong></u>.<br /> <br /> Depois da cassa&ccedil;&atilde;o do governador Marcelo Miranda em 2009, por abuso de poder pol&iacute;tico, Alexandre Fleury &eacute; procurado por Brito J&uacute;nior para que ele e sua esposa, Katia Cristina Jardim, assinem um &quot;Instrumento Particular de Rescis&atilde;o de Sociedade de Fato e Outras Aven&ccedil;as&quot;. Na pr&aacute;tica, o documento transfere de Alexandre a propriedade e a participa&ccedil;&atilde;o em todos os bens adquiridos pela sociedade.<br /> <br /> Segundo consta na peti&ccedil;&atilde;o, Brito J&uacute;nior argumentou que a medida seria necess&aacute;ria para proteger o patrim&ocirc;nio dos dois, por conta da amea&ccedil;a de perda patrimonial decorrente da cassa&ccedil;&atilde;o de Marcelo. &quot;Apesar de desconhecer e de n&atilde;o estar envolvido com neg&oacute;cios do irm&atilde;o de seu s&oacute;cio [Brito J&uacute;nior], o Autor concordou em assinar os documentos de quita&ccedil;&atilde;o da transfer&ecirc;ncia de suas cotas e aliena&ccedil;&atilde;o dos demais bens, confiante que jamais seu s&oacute;cio lhe seria desleal&quot;, diz a advogada Ana Paula Ortiz na peti&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Transferidos todos os bens, Alexandre relata que come&ccedil;ou a ser hostilizado pelo ex-s&oacute;cio. Em S&atilde;o F&eacute;lix do Xingu, ele foi avisado que corria risco de vida. Foi l&aacute; que soube da not&iacute;cia veiculada na imprensa local da morte de tr&ecirc;s pessoas na fazenda Ouro Verde I, em agosto de 2013.<br /> <br /> Segundo a advogada de Alexandre relata na peti&ccedil;&atilde;o, os tr&ecirc;s homens eram trabalhadores que foram at&eacute; a propriedade em busca de trabalho, mas teriam sido mortos por funcion&aacute;rios da fazenda, que pensaram que os homens estavam l&aacute; para retomar posse da fazenda para Alexandre Fleury.<br /> <br /> Alexandre Fleury requer que Brito Miranda J&uacute;nior pague a parte nos cotas e outras participa&ccedil;&otilde;es na sociedade e cobra uma indeniza&ccedil;&atilde;o de R$ 2 milh&otilde;es por danos morais e lucros cessantes. O ex-s&oacute;cio tamb&eacute;m pede uma per&iacute;cia fiscal e cont&aacute;bil nos ganhos da empresa, para auferir os lucros que ele tem direito. <em>(Com informa&ccedil;&otilde;es do Brasil 247)</em></span></div>
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