Fisgado pela Receita Federal

Citado na Lava Jato, Lázaro Botelho é autuado pela Receita por movimentação financeira incompatível

Por Redação AF
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16/10/2016 15h42 - Atualizado há 5 anos
O deputado federal de Araguaína Lázaro Botelho (PP) está entre os dez políticos envolvidos na Operação Lava Jato que já foram autuados pela Receita Federal por apresentarem movimentações financeiras incompatíveis. A revelação foi feita pela Revista IstoÉ, em reportagem publicada na sexta-feira (14). A devassa feita pelos auditores da Receita começou na vida dos políticos depois que surgiram as denúncias de que dezenas de parlamentares recebiam propina desviada dos cofres da Petrobras. Primeiro, os auditores fizeram um pente-fino em casos específicos, a pedido do Ministério Público Federal. Em seguida, teve início uma grande investigação sobre o patrimônio dos políticos alvos da Operação Lava Jato, que continua a ser ampliada e aprofundada. De uma lista inicial com 44 investigados, a Receita já abriu autos de infração para multar dez políticos, entre eles o deputado Lázaro Botelho. Sobre os políticos, em sete casos foi confirmada na primeira instância administrativa a aplicação de multa. Os parlamentares recorrem ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para tentar anular a punição. Nos outros casos, o processo ainda está aberto para defesa em primeira instância. No caso de Lázaro Botelho, o parlamentar já foi autuado em primeira instância. O trabalho dos auditores tem sido rigoroso. Eles estão pedindo justificativas até mesmo para gastos em valores inferiores a R$ 1.000 e, principalmente, questionando a origem de depósitos em suas contas, mesmo quando são em valores baixos. Em geral, os auditores detectaram gastos incompatíveis com os rendimentos ou entrada de valores com origem desconhecida ou suspeita. Isso ocorreu, por exemplo, em operações de venda de gado sem documentos comprobatórios e depósitos em dinheiro sem origem identificada. De acordo com as investigações da Polícia Federal, o deputado federal Lázaro Botelho fazia parte do grupo de menor expressão dentro do Partido Progressista que recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da "cota" da legenda no esquema de corrupção que atuava dentro da Petrobras.

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