Rombo de R$ 22 bilhões

Dívida do Igeprev aumentou R$ 8 bilhões no primeiro ano da gestão Miranda; órgão não terá saldo em 2020

Por Redação AF
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25/02/2016 13h27 - Atualizado há 5 anos
A Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Estado do Tocantins remeteu, nesta quarta-feira (24/02), ofício ao presidente do Instituto de Gestão Previdenciária (Igeprev) pedindo explicações sobre o aumento de R$ 8 bilhões na dívida previdenciária entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015, primeiro ano da gestão do governador Marcelo Miranda (PMDB). Dívida representa 80% do Orçamento do Estado “Sabemos que houve correções de tabela, mas a dívida acumulada apenas em 2015 é muito grande, pois representa quase 80% do Orçamento do Estado para 2016, que é de R$ 10,1 bilhões”, destacou o presidente da Fasserto, Carlos Augusto Melo de Oliveira (Carlão), que assina o documento entregue ao Igeprev. Dívida é 8 vezes superior ao Orçamento de Palmas A título de comparação, o valor é quase oito vezes superior ao Orçamento de Palmas para 2016, que é de R$ 1,085 bilhão. O documento pede uma resposta do Igeprev sobre o “aumento exorbitante do passivo atuarial em 2015”. A Federação é uma entidade criada em 2010 e já tem dez sindicatos filiados, representando mais de 12 mil servidores públicos do Tocantins. Em 2020, Igeprev não terá mais sobras No ofício, a Federação destaca que, pelo Demonstrativo de Projeção Atuarial do Regime próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos, em 2020 o Igeprev não terá mais sobras entre entradas e saídas de recursos do fundo previdenciário, o que fará o Estado ter que bancar com as aposentadorias. Para ele, isso vai causar “forte pressão sobre as políticas salariais e de recomposição inflacionária”. Além de pedir explicações o motivo de aumento de R$ 8 bilhões da dívida em 2015, que subiu de R$ 14 bilhões para R$ 22,5 bilhões, a Fesserto pergunta que providências estão sendo tomadas para capitalizar o fundo; quais as medidas efetivas que o Igeprev fez para cobrar os repasses atrasados do Estado em 2015 e o motivo da alíquota patronal ainda não ter sido reajustada. Conselho Em outro ofício encaminhado nesta quarta-feira, a Fesserto questiona o presidente do Conselho do Igeprev, Nelito Cavalcante, sobre porquê de não ter ocorrido nenhuma reunião do conselho em 2016. Para a Fesserto, a realização das reuniões é fundamental para que o conselho possa discutir como está sendo gerido o dinheiro dos funcionários públicos.

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