A vereadora Silvinia Pires (PT) protocolou na Câmara de Vereadores um pedido para a realização de uma audiência pública alusiva ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Na oportunidade, devem estar presentes representantes de entidades de defesa da população negra e do seguimento movimento negro.

Segundo Silvinia, a audiência será para debater a promoção da igualdade racial, discutir a questão da negritude, religiosidade, resgate cultural, violações aos direitos da população negra, o enfrentamento do racismo e oferecer mais oportunidades para ascensão socioeconômica dos afro-brasileiros.

Silvinia lembrou que o maior percentual da população no Tocantins é de pessoas negras, pardas, mulatas e indígenas. Por isso, ela destacou a necessidade de políticas públicas para a promoção da igualdade.

“Não é apenas para debater e relembrar o passado, mas compreender o futuro e o motivo do preconceito. Queremos trazer uma discussão para que jovens negros tenham as mesmas oportunidades que os demais. São necessárias políticas de empoderamento da negritude. Vemos que até nas universidades o percentual de negros é baixo”, disse a vereadora.

Silvinia também quer discutir sobre a Lei 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de ‘história e cultura afro-brasileira’ dentro das disciplinas que já fazem parte da grade curricular do ensino fundamental e médio. Também estabelece 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra no calendário escolar.

Dia da Consciência Negra 

É comemorado em 20 de novembro em todo o país. A data homenageia Zumbi, um africano que nasceu livre, mas foi escravizado aos seis anos de idade. Zumbi morreu enquanto defendia a sua comunidade e lutava pelos direitos do seu povo.

O objetivo do Dia da Consciência Negra é fazer uma reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana no Brasil. Também serve para analisarmos o impacto que tiveram no desenvolvimento da identidade cultural brasileira.