Marcos Duarte não explicou a finalidade dos empréstimos que fizera aos colegas.
Notícias de Araguaína – O ex-presidente da Câmara de Araguaína, Marcos Duarte (PSD), deixou um enorme ponto de interrogação exposto à opinião pública durante a sessão de abertura do Ano Legislativo de 2025, nesta segunda-feira (3/2), ao cobrar publicamente dinheiro que teria sido emprestado a alguns vereadores.
Duarte pediu licença do mandato de vereador para assumir o cargo de secretário de Ciência, Tecnologia Inovação da gestão do prefeito Wagner Rodrigues (UB). O ex-vereador Soldado Alcivan é o primeiro suplente do PSD e retornará à Casa de Leis.
Ao despedir-se do plenário, Marcos Duarte fez uma cobrança dura e direta, com prazo para a dívida ser quitada ou negociada. “Eu quero deixar uma cobrança em público. Eu sempre gosto de cumprir os meus compromissos. Não tem nenhum compromisso que o vereador Marcos Duarte, que o cidadão Marcos Duarte deixou de cumprir. Não tem nenhuma conta, salvo com um vereador que está aqui que falta nós sentarmos para acertar algumas contas, que eu estou devendo”, afirmou sem citar nomes.
Prazo de 48 horas
Na sequência, Marcos Duarte foi ainda mais enfático: “Eu pago minhas contas no comércio, eu pago minhas contas políticas. Alguns vereadores estão [me] devendo e eu gostaria que o quanto antes, em 48 horas, procurassem meu advogado para acertar as contas e evitasse de eu voltar aqui para cobrar todos os dias. É muito ruim um parlamentar não pagar aquilo que deve, portanto, pague suas contas, os compromissos”, disparou.
Dívida documentada, com provas
Marcos Duarte ainda deu a entender que tem prova documental de cada empréstimo. “Se tiver alguma dúvida da legalidade ou talvez esqueceu, porque quem deve, às vezes, tem a desculpa de esquecer, mas o cobrador não tem. Então eu gostaria que cumprisse com o compromisso e pagasse aquilo que outrora foi emprestado”, finalizou o ex-presidente.
Finalidade dos empréstimos
O ex-presidente Marcos Duarte não explicou a finalidade dos empréstimos que fizera aos colegas. Porém, a cobrança ocorre semanas depois de ele ter sido derrotado, inesperadamente, na reeleição para a presidente da Casa.
Como a cobrança ocorreu em público e no plenário da Câmara, é provável que a dívida tenha alguma relação com a atividade política.
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