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Arnaldo Filho

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Bastidores

Grupo palaciano revela que Laurez agiu para tentar afastar Wanderlei e agora posa de vítima

Esse teria sido o verdadeiro motivo do rompimento político do governador com o vice.

Por Arnaldo Filho 2.044
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28/02/2025 17h23 - Atualizado há 3 semanas
Governador Wanderlei Barbosa e vice Laurez Moreira estão rompidos politicamente desde o ano passado

Notícias do Tocantins – O vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira (PDT), tem intensificado suas andanças de norte a sul do Estado numa tentativa de construir um grupo político e ganhar musculatura para disputar o Palácio Araguaia em 2026. Ultimamente, também passou a cutucar, direta e indiretamente, seu ex-aliado, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos).

Rompimento e tentativa de afastamento

O rompimento político entre ambos é fato público e notório desde o ano passado. Porém, pouco se sabe, até agora, sobre os motivos que levaram ao fim da aliança política. Mas os comentários nos corredores do Palácio são de que o vice tentou, sim, arquitetar o afastamento do governador, com a ajuda dos Abreus [leia-se, Kátia e Irajá], fato já negado por Laurez.

Aliados do governador revelaram ao AF Notícias que o vice passou dois anos trabalhando em Brasília para tentar afastar Wanderlei do cargo e assumir o comando do Palácio Araguaia. Como não conseguiu, teria mudado a estratégia, e agora estaria "plantando" matérias jornalísticas na imprensa local e nacional, como a veiculada nesta sexta-feira (28) pelo portal Metrópoles.

Quebra de acordo

Ao jornal, aliados de Laurez sugerem uma suposta quebra de acordo por parte de Wanderlei sobre apoiar o vice na disputa ao governo em 2026. Contudo, para o grupo palaciano, trata-se de uma "mentira das mais cabeludas já vistas".

“Wanderlei sempre deixou claro desde a campanha eleitoral de 2022 que cumpriria os quatro anos de mandato. E que nunca fez qualquer compromisso com Laurez ou com quem quer que seja neste sentido”, declarou uma fonte próxima ao governador.

Cartão corporativo

Ao Metrópoles, o grupo do vice disse também que Laurez teve o seu cartão corporativo retirado no fim de 2024 e, por isso, estaria bancando suas viagens e alimentação com dinheiro do próprio bolso.

Ocorre que o cartão corporativo foi cortado de vários setores do governo, não apenas de Laurez, visando a contenção de despesas. Mesmo assim, o vice-governador continua usufrundo de benefícios como veículos oficiais, escolta policial, servidores à disposição, diárias e uma sala suntuosa no primeiro andar da ala oeste do Palácio Araguaia.

Por incrível que pareça, Wanderlei Barbosa, quando foi vice de Mauro Carlesse, não tinha nenhuma dessas benesses. A única coisa que ele contava, em termos de estrutura, era uma sala acanhada num cantinho do Palácio.

"Laurez, inclusive, vem usando esses benefícios do cargo para fazer campanha política, antecipada por sinal, uma vez que já se declarou pré-candidato a governador em 2026", completou a fonte.

PEC Laurez

O grupo de Laurez também reclamou da emenda à Constituição do Estado que permite que o governador permaneça no cargo durante viagens de até 15 dias para fora do Estado. Não trata-se de uma novidade no campo jurídico, pois estados como o Pará e Ceará já aprovaram normas idênticas.

Atuação nas sombras

O grupo do governador confidenciou que quando Wanderlei ainda não sabia das supostas “tramoias” de Laurez e passou o comando do Estado para ele durante suas viagens, ele teria utilizado a máquina pública para persegui-lo em sigilo, fazendo desde o levantamento de informações sensíveis até o transporte de processos físicos para os tribunais superiores em Brasília, para tentar agilizar um eventual afastamento de Wanderlei, e agora estaria posando de vítima. Esse teria sido o verdadeiro motivo do rompimento político do governador com o vice.

Por fim, o grupo do governador declarou que o vice Laurez terá que se contentar em disputar uma vaga na Câmara Federal em 2026, “ainda assim com grande risco de não se eleger”, ou entrar numa corrida ao governo com "chances quase nulas".  

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