A eleição da presidência do Senado Federal ocorreu na tarde deste sábado (2) depois de muita polêmica, bate-boca, anulação da votação, voto aberto, voto secreto, voto em duplicidade e reviravoltas. O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi o vencedor da disputa, com 42 votos, e comandará o Senado pelos próximos dois anos.

Dos senadores do Tocantins, Kátia Abreu (PDT) e Eduardo Gomes (MDB) votariam em Renan Calheiros (MDB), mas o alagoano levou um xeque-mate e retirou sua candidatura quando o segundo processo de votação já estava em curso [possivelmente para evitar uma derrota constrangedora]. Ele ainda chamou o colega Davi de 'Golias'.

Com esse novo cenário, Gomes decidiu votar em Davi por conhecê-lo desde à época em que foram deputados federais na mesma legislatura, tendo sido colegas de bancada e sempre mantido uma certa proximidade.

Por outro lado, acabou em vão a mudança de partido de Eduardo Gomes, que trocou o Solidariedade pelo MDB visando um cargo na Mesa Diretora do Senado, ao lado de Calheiros.

Já o senador Irajá Abreu decidiu votar aberto, apesar de ser votação secreta por ordem do 'supremo Toffoli'. Anteriormente, Irajá revelou que era 'simpático' a Renan, mas votou em Davi, alegando "coerência, respeito aos eleitores, fidelidade ao que pensa e alternância de poder". Em mensagem postada nas redes sociais, Irajá disse esperar que o novo presidente não decepcione.

No fim de tudo, Kátia Abreu também fez as pazes com Davi, deu-lhe flores e devolveu a pasta que havia colocado debaixo do braço após protagonizar a maior polêmica do processo eleitoral da Mesa.

Final feliz!