Confraternização fatal

Bolo envenenado: suspeita escreveu bilhetes antes de ser encontrada morta na prisão

Investigação aponta novas revelações sobre Deise Moura dos Anjos.

Por Mariana Dias
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14/02/2025 15h17 - Atualizado há 1 mês
Suspeita escreveu bilhetes antes de ser encontrada morta na cela

Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo com arsênio e causar a morte de três membros da mesma família, foi encontrada morta em sua cela na quinta-feira (13/2), no Rio Grande do Sul. O caso, que chocou o país, segue sob investigação e trouxe novas revelações após a descoberta de bilhetes escritos pela detenta antes de sua morte.

Bilhetes deixados por Deise Moura dos Anjos

Segundo o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, a suspeita deixou uma mensagem escrita em uma camiseta, onde afirmava:

"Não sou assassina, só sou um ser humano fraco com depressão por tanto sofrer e pagar pelo erro dos outros."

Além da camiseta, foram encontradas cartas nas quais Deise mencionava sua depressão e citava trechos da Bíblia. A suspeita chegou a relatar que comprou arsênio, mas alegou que não o utilizou e teria descartado o veneno. Entretanto, exames comprovaram a presença da substância no corpo das vítimas.

Relembre o caso do bolo envenenado

O crime ocorreu no dia 23 de dezembro de 2024, durante uma confraternização familiar em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Um bolo, que teria sido envenenado com arsênio, resultou na morte de três pessoas e na intoxicação de outras três. Entre as vítimas fatais estavam:

  • Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos

  • Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos

  • Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos (filha de Neuza)

Deise Moura dos Anjos era nora de Paulo Luiz e Zeli dos Anjos, ambos intoxicados pelo arsênio, mas que sobreviveram. A polícia apontou que uma desavença de mais de 20 anos entre Deise e sua sogra, Zeli, pode ter sido a motivação para o crime.

Morte na prisão e suspeitas sobre o desfecho

Deise foi encontrada inconsciente em sua cela, antes de ter o óbito confirmado na enfermaria da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a delegada Karoline Calegari, ela foi encontrada com um pano enrolado no pescoço, sugerindo suicídio.

A suspeita estava presa desde 5 de janeiro, enfrentando acusações de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio. No dia anterior à sua morte, seu marido solicitou o divórcio e pediu a aliança de volta, o que pode ter contribuído para seu desespero.

O que acontece agora?

As autoridades continuam investigando as circunstâncias da morte de Deise Moura dos Anjos e analisando o conteúdo completo dos bilhetes encontrados. A Polícia Civil busca esclarecer se a suspeita realmente cometeu suicídio ou se houve alguma interferência externa dentro da prisão.

O caso segue em andamento, e novas informações podem surgir conforme o avanço das investigações.

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