Júri popular

Caseiro que matou professor com 27 facadas é condenado a 19 anos de prisão, em Palmas

Na sentença, a Justiça fixou indenização de R$ 100 mil em favor da família da vítima.

Por Redação
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12/10/2024 09h19 - Atualizado há 3 semanas
Professor Carlos Henrique de Sousa Luz levou 27 facadas

Notícias do Tocantins – O caseiro Thiago Moreira Rodrigues, de 31 anos, foi condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato do professor da rede estadual Carlos Henrique de Sousa Luz. O crime aconteceu em abril de 2023 na região sul de Palmas. A vitima levou 27 facas no quintal da própria casa.

O julgamento pelo Tribunal do Júri ocorreu nesta quinta-feira (10), em Palmas. Da decisão cabe recurso. Thiago Ribeiro vai cumprir a pena em regime inicialmente fechado pelo homicídio triplamente qualificado.

Durante o julgamento, o condenado confessou o crime, mas disse ter matado o professor para se defender de uma suposta tentativa de estupro.  Contudo, o argumento de legítima defesa não foi aceito pelos jurados que fizeram parte do Conselho de Sentença. Eles entenderam que o caseiro não agiu sob violenta emoção após alguma provocação da vítima, e reconheceram a execução do crime por motivo fútil, com emprego de meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima. O crime teve grande repercussão na época.

Consta no processo que o caseiro foi abordado e convidado pelo professor, mesmo sem conhecê-lo, para beber em sua casa e participar de relações com sexuais com sua esposa. No local, a mulher teria se recusado a participar do ato e os dois homens acabaram discutindo.

O caseiro teria se armado com uma faca e golpeado o professor 27 vezes. Depois, fugiu da casa com a motocicleta da vítima, mas foi preso dias depois.

O corpo do professor foi encontrado sem roupas, em baixo de uma telha e um portão.

O Conselho de Sentença acolheu a tese do MPTO e reconheceu a autoria e a materialidade do crime, bem como as qualificadoras. Na sentença, a Justiça fixou indenização por danos morais em R$ 100 mil em favor da família da vítima.

Quem atuou no julgamento foi o promotor de Justiça Benedicto de Oliveira Guedes Neto, integrante do Núcleo do Tribunal do Júri (MPNujuri) do MPTO.

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