Justiça

Caso Anazilda: Júri popular condena mentora e executor do assassinato; filha é inocentada

Filha da mentora do assassinato foi absolvida pelo júri.

Por Conteúdo AF Notícias 1.907
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30/10/2024 09h40 - Atualizado há 1 mês
Anazilda Santos Almeida foi morta covardemente

Notícias do Tocantins - A Justiça condenou Francisca da Silva Batista e Welerson da Silva Monteiro pela morte da trabalhadora Anazilda Santos Almeida, em outubro de 2023, em Araguaína. O júri popular aconteceu nesta terça-feira (29/10), sob a presidência do juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, da 1ª Vara Criminal. A terceira acusada, Lara Eduarda Batista da Cruz, filha da mentora do crime, foi absolvida.

O crime chocou a população da cidade pela maneira fria e cruel da execução. Anazilda chegava em frente ao restaurante onde trabalhava, quando o executor tomou seu capacete e a atacou com vários golpes. Em razão do espancamento, a vítima ficou em coma durante 7 dias na UTI do Hospital Regional de Araguaína (HRA) e não resistiu aos ferimentos.

Segundo a investigação da Polícia Civil, o crime foi planejado pela cadeirante Francisca da Silva Batista, que foi condenada a 21 anos de prisão. O executor, Welerson da Silva Monteiro recebeu uma pena de 18 anos e 7 meses.

Já a filha da mentora, Lara Eduarda Batista da Cruz, foi absolvida. Os jurados entenderam que ela não tinha consciência da trama armada pela mãe e pelo executor e que, portanto, dirigiu o carro até o local do crime, com os dois outros acusados como passageiros, sem saber o que iria acontecer.

Na denúncia, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) sustentou que os três acusados agiram por motivo torpe, em emprego ao meio cruel, mediante emboscada e à traição ceifaram a vida da vítima.

Durante o julgamento, o Promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida relembrou que Francisca da Silva Batista arquitetou o homicídio por ciúmes, depois que o seu então companheiro falou que havia mantido uma relação amorosa com Anazilda.

Para convencer Welerson da Silva a participar do crime, Francisca inventou uma história de que Anazilda seria testemunha em um processo judicial, defendendo que ela (Francisca) deveria perder a guarda de uma menina, irmã de Lara. Welerson era muito próximo de Francisca e também tinha muito apreço pela garota.

Ainda conforme a acusação do Ministério Público do Tocantins, eles armaram uma emboscada, surpreendendo a vítima enquanto ela se dirigia para o trabalho. Welerson se aproximou de Anazilda por trás e começou a agredi-la, batendo sua cabeça sucessivas vezes contra um poste. O ataque aconteceu em 5 de outubro de 2023, e a vítima foi socorrida e hospitalizada, mas faleceu em 12 de outubro do mesmo ano, em razão das agressões.

Os jurados acolheram as teses do Ministério Público ao condenarem a mentora e o executor pelo crime de homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, meio cruel e mediante emboscada. O réu Welerson foi condenado ainda pelo crime de furto, por haver subtraído a bolsa e o celular da vítima.

Mãe e filha foram investigadas pela morte da trabalhadora

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