A morte da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, encontrada sem vida em uma mata em Cajamar, na Grande São Paulo, continua sendo investigada pela Polícia Civil. O caso, que chocou a região, já tem um suspeito preso e outros dois sob análise, enquanto as autoridades buscam esclarecer os detalhes do crime.

Confira tudo o que se sabe até agora sobre o caso Vitória.

Principal suspeito preso: Maicol Sales dos Santos

Maicol Sales dos Santos foi detido no sábado, 8 de março, após a Justiça decretar sua prisão temporária por 30 dias. Ele passou por audiência de custódia no domingo, 9, e segue detido. O Toyota Corolla de propriedade do suspeito foi visto próximo ao local onde o corpo de Vitória foi encontrado, e exames preliminares detectaram sangue no porta-malas do veículo.

“O material coletado foi enviado para análise de DNA, e tudo indica que pode ser da vítima”, informou Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro). A defesa de Maicol, no entanto, afirma que sua inocência será comprovada.

Outros suspeitos no radar

Além de Maicol, dois ex-namorados de Vitória, Daniel Lucas Pereira e Gustavo Vinícius, estão na lista de investigados. Apesar de pedidos de prisão terem sido negados pela Justiça por falta de provas suficientes, as investigações seguem em curso.

No celular de Daniel, a polícia encontrou vídeos gravados dias antes do crime, mostrando o trajeto entre o ponto de ônibus onde Vitória desembarcou e sua casa. “Pode ser uma preparação para o sequestro”, sugeriu Luiz Carlos. Já Gustavo, que manteve amizade com a vítima após o término, também é monitorado, mas ainda não há evidências concretas para uma nova solicitação de prisão.

O desaparecimento de Vitória

Vitória Regina de Sousa desapareceu em 26 de fevereiro, após deixar o restaurante onde trabalhava em um shopping e pegar um ônibus para casa. Câmeras de segurança registraram a adolescente sendo seguida por dois homens, um dos quais embarcou no mesmo veículo que ela. Em áudios enviados a uma amiga, Vitória relatou sentir medo e desconforto com a presença de homens que a abordaram durante o trajeto.

“Passou os caras no carro e falaram: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Ai, meu Deus, vou ficar mexendo no celular”, disse ela em uma das mensagens. Em outro trecho, mencionou dois jovens no ponto de ônibus, mas tentou se tranquilizar: “Tá de boa, nenhum deles desceu comigo”. Após esses contatos, ela não voltou a se comunicar.

O corpo da jovem foi localizado em 5 de março, em uma área de mata próxima à Estrada Francisco Missé, em Cajamar. A polícia suspeita que Vitória tenha sido mantida em cativeiro antes de ser assassinada, mas o celular da vítima, que poderia trazer mais pistas, ainda não foi encontrado.

Pai de Vitória não é suspeito

Inicialmente, Carlos Alberto Sousa, pai da adolescente, foi mencionado em especulações sobre o caso. No entanto, a Polícia Civil descartou sua participação. “Não há investigação contra o pai da vítima”, esclareceu Luiz Carlos do Carmo, refutando rumores e destacando a ausência de indícios que o liguem ao crime.

A Delegacia de Cajamar segue analisando as provas coletadas, incluindo os resultados do exame de DNA do sangue encontrado no carro de Maicol. A motivação do crime e a dinâmica dos eventos que levaram à morte de Vitória ainda estão sendo apuradas. “Estamos avançando, mas precisamos de mais elementos para fechar o caso”, afirmou o diretor do Demacro.

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