A perícia revelou indícios de planejamento do crime.
A investigação sobre o assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, ganhou novos contornos com a análise do celular de Maicol Antonio Sales dos Santos, único suspeito preso até agora. A perícia revelou indícios de planejamento do crime, incluindo uma pesquisa na internet sobre "como limpar cena de crime" e mensagens que sugerem preocupação com evidências. O caso, que chocou a Grande São Paulo, aponta para um homicídio brutal precedido de tortura e abuso sexual.
Evidências no celular de Maicol
Fontes do SBT informaram que o celular de Maicol continha uma pesquisa sobre técnicas para eliminar vestígios de um crime, realizada antes do assassinato. Após o desaparecimento de Vitória, em 27 de fevereiro, ele trocou mensagens com uma pessoa ainda não identificada, expressando temor por ter sido gravado. "Filmaram meu carro. Fui filmado 1h30 e 4h! Agora ficou ruim", escreveu. O veículo, um Corolla prata, foi visto na região de Cajamar, onde o corpo da adolescente foi encontrado uma semana depois.
Na casa de Maicol, peritos localizaram vestígios de sangue em um banheiro na terça-feira, 11 de março. Amostras estão sendo analisadas para verificar se pertencem a Vitória. Mensagens apagadas, recuperadas pela polícia, reforçam a suspeita de que o crime foi premeditado.
Outros suspeitos na mira
Além de Maicol, a Polícia Civil de São Paulo investiga Gustavo Vinicius de Moraes Santos, ex-namorado de Vitória, e Daniel Lucas Pereira, que teria relação com Gustavo. Os celulares dos três suspeitos começaram a ser examinados nesta semana, em busca de mais pistas sobre a dinâmica do assassinato.
Detalhes do laudo preliminar
Informações preliminares do laudo necroscópico, obtidas pelo SBT, indicam que Vitória foi mantida em cativeiro por cerca de 48 horas, período em que sofreu tortura e abusos sexuais por mais de um agressor. Há sinais de que ela foi dopada com entorpecentes durante esse tempo. A jovem foi morta por estrangulamento, e seu corpo apresentava três facadas — no tórax, pescoço e rosto — aplicadas após a morte, possivelmente para dificultar a identificação.
Contexto do crime
Vitória Regina de Sousa desapareceu na madrugada de 27 de fevereiro, após ser vista pela última vez perto de um ponto de ônibus. Seu corpo foi localizado em uma área de mata em Cajamar, com evidências de violência extrema. O caso mobilizou a família e a comunidade, que exigem justiça diante da brutalidade revelada pelas investigações.
Um dos investigados, não identificado no texto, declarou ao SBT: "Não aguento mais ser suspeito por algo que não cometi", enquanto a polícia segue analisando provas para esclarecer o envolvimento de cada suspeito. O irmão de Vitória também informou que estudou com Maicol, sugerindo uma conexão prévia entre a vítima e o preso.