PF NA RUA

Ex-integrantes do governo do Tocantins são alvos de operação que apura esquema bilionário

Ação investiga fraudes em licitações, desvio de emendas e lavagem de dinheiro.

Por Auro Giuliano | AF Notícias 2.055
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31/10/2025 11h14 - Atualizado há 2 semanas
Entre os alvos estão Claudinei Aparecido Quaresemin, Edinho Fernandes e Ítallo Moreira de Almeida

Notícias do Tocantins - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (31) a oitava fase da Operação Overclean, que apura um esquema bilionário de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro envolvendo verbas de emendas parlamentares. Entre os alvos desta etapa estão três ex-integrantes do primeiro escalão do governo do Tocantins, além de empresários e operadores políticos apontados como articuladores do grupo.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, a organização criminosa teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de contratos públicos superfaturados, direcionamento de licitações e uso de empresas de fachada.

Alvos ligados ao governo do Tocantins

Entre os investigados estão Claudinei Aparecido Quaresemin, ex-secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos e sobrinho do ex-governador Mauro Carlesse; Éder Martins Fernandes (Edinho Fernandes), servidor concursado da rede estadual e ex-secretário-executivo da Educação durante o governo Wanderlei Barbosa (Republicanos); e Ítallo Moreira de Almeida, ex-diretor administrativo da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

A PF aponta que Edinho Fernandes é suspeito de direcionar contratos e liberar irregularmente recursos públicos, enquanto Quaresemin teria atuado para favorecer empresas ligadas ao grupo investigado. Ítallo Almeida é apontado por participação em fraudes contratuais e prestação de contas irregulares.

Em nota, a Seduc informou que Éder Fernandes não ocupa mais o cargo de secretário-executivo desde setembro e que Ítallo Almeida deixou o quadro funcional da pasta em 2024. A secretaria afirmou ainda que suspendeu contratos e repasses de pagamentos a empresas investigadas e que tem cumprido integralmente as determinações judiciais.

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Alvos externos e operadores do esquema

Além dos ex-integrantes do governo, também são investigados Luiz Cláudio Freire de Souza França, advogado e secretário-geral do partido Podemos. De acordo com as investigações, Luiz França teria atuado como elo entre o núcleo político e empresários beneficiados.

Entenda a Operação Overclean

A Overclean teve início em 2024, após a Polícia Federal identificar um amplo esquema de corrupção envolvendo desvios de recursos de prefeituras e governos estaduais por meio de empresas contratadas para obras e serviços públicos.

As fases anteriores da operação resultaram em prisões e bloqueios de bens. O grupo investigado teria utilizado cerca de 300 empresas para fraudar licitações e movimentar valores ilícitos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos e lavagem de dinheiro.

Com informações de agências

 

Luiz França, secretário-geral do Podemos, também foi alvo da operação

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