Araguanã

IML vai recolher corpo durante velório após ser liberado por médico sem exame de necrópsia

Mortes violentas devem passar por exame de necropsia.

Por Conteúdo AF Notícias 920
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24/09/2024 12h35 - Atualizado há 2 meses
IML de Araguaína

Notícias do Tocantins – O Instituto Médico Legal (IML) de Araguaína deverá interromper um velório para recolher o corpo de uma vítima de morte violenta. O motivo, segundo familiares, é que um médico do Hospital Regional de Xambioá liberou o corpo de Raimundo Nonato Vieira Silva sem passar por exame de necropsia.

Segundo informações, a vítima teria atirado na própria cabeça, nesta segunda-feira (23/9), em Araguanã, e foi socorrida ao Hospital Regional de Xambioá. Em seguida, a Polícia Militar foi acionada e registrou o caso como tentativa de suicídio, porém, o homem morreu logo depois.

Ao receber informação da morte, uma equipe do IML de Araguaína compareceu ao hospital para recolher o corpo, mas o médico já havia liberado aos familiares para velório e sepultamento, alegando que não precisaria passar pelo exame de necropsia.

Em casos de morte violenta, é obrigatória a realização de necropsia. Por isso, os profissionais do Instituto Médico Legal podem ter que fazer o recolhimento do corpo, causando a interrupção do velório.

A reportagem procurou o IML para saber qual procedimento deverá ser feito neste caso.

“Estou em busca das autoridades responsáveis para me ajudar neste caso, para que sejam tomadas todas as providências cabíveis. Nos casos de mortes por causa violenta, como, acidente, homicídio ou suicídio, precisa ser realizada a necropsia, as informações coletadas são descritas no laudo pericial, que irá subsidiar a investigação criminal. Em hipótese nenhuma o médico poderia ter feito isso”, disse Elizete Machado Jr, chefe do Instituto Médico Legal de Araguaína.

Em seguida, a chefe da unidade confirmou que a equipe do IML já está se deslocando até a cidade de Araguanã para recolher o corpo.

O que diz a SES-TO

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que não coaduna com quaisquer condutas que fujam dos protocolos e legislação vigente em casos como o mencionado; está verificando os fatos relatados na denúncia e após a apuração tomará as medidas legais cabíveis.

Palmas, 25 de setembro de 2024
Secretaria de Estado da Saúde

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