O fato ocorreu após uma competição esportiva realizada por uma faculdade.
Notícias do Tocantins - Um jovem de 26 anos, identificado com as iniciais T.P.S.M, foi indiciado pela Polícia Civil por racismo e vias de fato praticados contra um acadêmico de uma instituição de ensino superior em Araguatins, no Bico do Papagaio.
Conforme o delegado Teofabio Alves Siqueira, o acadêmico relatou que, no dia do ocorrido, ele estava participando de um torneio de truco promovido pela faculdade pública em um bar localizado na Vila Cidinha, mas passou a ser desrespeitado pelo seu oponente, T.P.S.M, em determinado momento por não aceitar a derrota.
“Ocorre que, ao final da partida, a vítima passou a ser alvo de xingamentos homofóbicos e também a ser vítima de racismo ao ser insultada em razão da cor de sua pele, sendo que, em determinado, momento, o autor agarrou a vítima pelo pescoço, mas acabou soltando em seguida, pois percebeu que ela não reagiria”, frisou a autoridade policial.
Instaurado o procedimento policial, inicialmente, o fato passou a ser investigado como injúria qualificada, mas a autoridade policial vislumbrou indícios do crime de racismo, que é previsto pelo artigo 2º - A, da Lei 7.71689, com o aprofundamento das investigações.
As testemunhas oculares do fato foram ouvidas e confirmaram a versão da vítima, corroborando os fatos de que o autor atacou verbal e fisicamente a vítima simplesmente por não aceitar o fato de ter perdido um simples jogo de truco.
Diante dos fatos, T.P.S.M. foi indiciado pelos crimes de racismo e vias de fato. O inquérito foi concluído e remetido ao Poder Judiciário, com vistas ao Ministério Público, para a adoção das medidas legais cabíveis.
Para o delegado Teofabio Siqueira, tratam-se de crimes graves que foram praticados em um contexto de uma disputa esportiva, em que o autor, inconformado com a derrota, passou a proferir xingamentos racistas e homofóbicos, tendo inclusive, tentado esganar a vítima, os quais são fatos gravíssimos.
“Desse modo, com a pronta atuação da Polícia Civil, foi possível individualizar a conduta do autor e esclarecer toda a verdade dos fatos”, disse.